Efeito de interferência contextual na aquisição de estabilidade de movimentos compensatórios a perturbações imprevisíveis do equilíbrio corporal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Takazono, Patricia Sayuri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-28052019-104929/
Resumo: O treinamento de respostas posturais reativas por perturbações posturais é um paradigma inovador para prevenir quedas. Entretanto, há carência de informação sobre como organizar a prática para obter os maiores benefícios. O objetivo deste experimento foi comparar os efeitos de sequências de perturbações posturais com baixa (BIC) versus alta (AIC) interferência contextual na aquisição de estabilidade de movimentos compensatórios de braços e pernas em indivíduos jovens saudáveis. Trinta e oito participantes foram distribuídos de forma pseudoaleatória em 3 grupos: AIC, BIC, e controle (CON). A tarefa consistiu em recuperar o equilíbrio corporal após perturbações imprevisíveis da base de apoio no sentido mediolateral, para ambos os lados em diferentes velocidades (20, 30 e 40 cm/s [o/s]). Os grupos experimentais realizaram sessão única com 24 tentativas de prática para cada uma das seguintes modalidades de perturbação postural: rotação, translação e combinação translação-rotação. O grupo CON permitiu a avaliação das primeiras respostas às perturbações posturais e foi usado como linha de base das respostas posturais sem treinamento para comparação com os grupos experimentais. Os participantes foram avaliados em pós-teste, retenção e transferência para os seguintes contextos: (1) tarefa dual de contagem regressiva durante perturbações, e (2) velocidade mais alta do que aquelas treinadas (50 cm/s [o/s]). Os movimentos compensatórios de braços e pernas foram avaliados utilizando a escala CALM e cinemática. Os resultados mostraram o seguinte: (a) o treinamento levou a escores de estabilidade mais altos; (b) os ganhos por treinamento perturbatório foram evidentes em perturbações mais desafiadoras à manutenção da postura ereta; (c) perturbações repetitivas induziram efeitos imediatos, porém não persistentes e generalizáveis; e (d) perturbações aleatorizadas induziram ganhos persistentes e generalizáveis de estabilidade de movimentos compensatórios. Como conclusão, o treinamento perturbatório do equilíbrio corporal com alta em comparação com baixa interferência contextual se mostrou mais efetivo em promover ganhos mais persistentes e transferíveis de estabilidade de movimentos compensatórios