Óbitos por intoxicação exógena no município de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cerqueira Neto, Paulo Tenorio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-10082017-172629/
Resumo: Introdução: Dados da Organização Mundial da Saúde apontam a intoxicação como um importante problema de saúde pública em todo o mundo, especialmente em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Objetivos: estimar a taxa de mortalidade e descrever os óbitos por intoxicação exógena (IE) no município de São Paulo (MSP) no ano de 2014. Métodos: Utilizaram-se as informações dos registros dos óbitos (causa básica) no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Para o relacionamento probabilístico foram selecionadas as variáveis: nome, data de nascimento e sexo. Foram utilizados os softwares OpenRecLink para o linkage, Stata® para análise de dados e o TabWin para a distribuição espacial dos óbitos por IE. Os óbitos foram descritos em relação às características do local de ocorrência, circunstância da exposição, grupo do agente tóxico e classificação final. Foi utilizado o método de captura-recaptura para estimar o número de óbitos, após o relacionamento dos bancos de dados. Resultados: Os dados do SIM apontaram para uma taxa de mortalidade por IE de 5,2/100.000 habitantes no MSP, em 2014. O distrito administrativo de São Miguel apresentou a maior taxa de mortalidade 12,2/100.000 habitantes. A maior parte dos óbitos (n=412) foi atestada por médico do IML. O sexo masculino foi o que apresentou maior frequência (71 por cento ). A faixa etária de maior mortalidade foi a de 20 a 39 anos. Foi possível identificar uma grande diferença entre o número de óbitos por intoxicação registrado no SIM (n=596) e o estimado (n=1.514,5) pelo método de captura-recaptura. A taxa de mortalidade estimada pelo método de capturarecaptura foi de 13,2/100.000 habitantes. Dessa forma identificou-se um sub-registro de óbito de 60,6 por cento . Conclusões: Os resultados mostram que a mortalidade por IE é subestimada quando comparada a calculada a partir da captura-recaptura de dados. O relacionamento das bases de dados é importante para estimar a magnitude da ocorrência dos óbitos por IE. Há a necessidade de formulação de políticas públicas voltadas à prática da vigilância das intoxicações, qualificação dos profissionais da assistência à saúde para o diagnóstico das IE e capacitação aos responsáveis pelo registro dos casos