Situações lúdicas para o brincar no espaço urbano: experimentações para processos projetuais sensí­veis às perspectivas das crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Escobar, Graziela Giacomin Nivoloni de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16140/tde-19092018-141455/
Resumo: Este estudo de caráter teórico-prático busca analisar algumas considerações sobre o processo projetual do design de espaços e instalações designadas ao livre brincar infantil, enfocando o posicionamento e atuação das crianças durante a concepção e realização de tais projetos, refletindo sobre o possível deslocamento delas de meras usuárias a coautoras ou colaboradoras. O objetivo é delinear premissas e considerações de projeto de espaços designados ao livre brincar infantil, atrelando-as a temas relativos ao desenvolvimento pleno das crianças, segundo os campos da psicologia do desenvolvimento e antropologia, com enfoque na possibilidade de atuarem como colaboradoras neste processo complexo de criação do campo do design. Talvez, de tais esforços, surjam novas formas de respostas projetuais para o brincar. Como recorte desta pesquisa, serão analisadas propostas contemporâneas que se realizam essencialmente por meio uma técnica simples, de baixo custo, de fácil manutenção e acessível a todos: a pintura no piso. Juntamente com estes projetos, serão discutidas as produções de Mayumi Watanabe de Souza Lima e Elvira de Almeida, cujos parâmetros e abordagens concorreram para a elaboração de um panorama em que os deslocamentos do usuário puderam ser evidenciados. A partir de entrevistas com dois escritórios de arquitetura e design, com uma educadora- -documentarista e uma psicóloga-ativista, e da análise do brincar, por meio de observações numa via elevada, oficinas lúdico-participativas e experimentações com crianças de uma escola municipal, estabeleceram-se discussões sobre a forma como elas se relacionam com os espaços e seus elementos para subsidiar a elaboração de algumas considerações relativas ao processo projetual do design, tomando as perspectivas dos usuários, suas vozes e seus anseios como elemento estruturador. Isto sugere que se tornou urgente repensar o processo de projeto, o papel do arquiteto ou designer, sua responsabilidade socioambiental e econômica, as relações entre quem projeta e para quem se projeta e, talvez, incorporar, além de novos métodos projetuais, novas formas de interação com os entes envolvidos, tempo e espaço para experimentações. E, supostamente, estas estratégias poderão nos levar a outras formas de conceber espaços para um brincar pleno e a uma possível reinvenção do design.