Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Bruno Sanches Ranzani da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-30112017-091734/
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Resumo: |
O objetivo desta tese é analisar a relação entre saberes locais e arqueológicos na construção do conhecimento sobre o passado, usando da metodologia etnográfica, e com base nos conceitos de arqueologia pública e patrimônio arqueológico. Como estudo de caso, escolhi o sítio arqueológico \"Charqueada Santa Bárbara\", fragmento de uma antiga estancia de produção de charque (carne seca) de mesmo nome, em Pelotas/RS. Com isso, minha pesquisa esteve associada ao projeto O Pampa Negro: Arqueologia da escravidão na região meridional do Rio Grande do Sul (1780-1888), coordenado por Lucio Menezes Ferreira. Como ferramentas de análise, tomei como guia cinco conceitos específicos: representação social, memória, paisagem, narrativa e agência. Como resultado, defendo três pontos essenciais. Primeiro, que a arqueologia pública não se deixe fagocitar pelas estratégias de mercado, e permaneça como um veio da disciplina preocupado com produção de conhecimento crítico sobre o passado, e com uma postura engajada no presente. Segundo, que patrimônio é uma categoria Estatal de gestão do espaço e memória social. Como tal, ela não é análoga à relações de afeto desenvolvidas entre pessoas e coisas. Mas concede à arqueologia um poder, mesmo que pequeno, sobre as condições sociais e histórias que serão representadas no patrimônio arqueológico, e devemos usar esse poder pelo viés da arqueologia pública como defendo. Por fim, em consonância com os demais resultados, busquei produzir uma narrativa de história recente sobre os moradores que ainda vivem sobre o sítio arqueológico. Para isso, analisei suas materialidades cotidianas, que se mostraram mais representativas de suas histórias, e também de histórias mais críticas sobre o passado de Pelotas. Entre tantos temas identificados pela etnografia, escolhi falar sobre história das mulheres na Chácara. |