O (des)envolvimento no Pronaf: as contradições entre as representações hegemônicas e os usos dos camponeses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tolentino, Michell Leonard Duarte de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-30102013-123024/
Resumo: A pesquisa que aqui apresentamos tem como objetivo analisar, a partir da atual conjuntura política e econômica, as contradições entre as representações de desenvolvimento que perpassam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), enquanto política de crédito, e os usos que os camponeses fazem dessa política, a partir da prática. Além da pesquisa bibliográfica e documental e da análise de dados secundários, este trabalho também se amparou em trabalho de campo. Sabendo que o PRONAF é uma política de desenvolvimento, julgamos necessário realizar uma reflexão acerca da prática e das representações mobilizadas pelo discurso do desenvolvimento, compreendendo-o enquanto discurso de dominação. Dessa maneira, situamos o PRONAF como uma política que veicula, a partir de suas ações, as representações de desenvolvimento, sem, contudo subsumir tal política ao movimento global, mas considerando a própria dialética inerente ao programa. Compreendidas as representações que dão sustentação ao PRONAF, partimos para um segundo movimento, que procura compreender os usos que os camponeses fazem do PRONAF. Assim selecionamos quatro comunidades camponesas do município de Sapé-PB, são elas: Barra de Antas, Padre Gino, Maraú e Lagoa do Félix. Nestas comunidades, pudemos apreender subversões quase ocultas que os camponeses impõem ao programa, subversões produzidas a partir da vida cotidiana. É nesse segundo momento que o concebido se encontra com o vivido, na vida cotidiana, sem reduzi-la à sua norma.