O projeto hidrelétrico de Belo Monte: complexidade e particularidades da reestruturação regional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Michelle Sena da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-06022023-113653/
Resumo: Considerando que a relação da implantação da Hidrelétrica de Belo Monte com a sua região de abrangência desenvolveu uma reestruturação regional da mesma forma que outras experiências de implantação de hidrelétricas na Amazônia, o questionamento que norteia esta pesquisa é: em que consiste a complexidade (gênese do processo na década de 1970, redefinição do projeto com inovação tecnológica e mudança na configuração espacial da área atingida) e as particularidades (operação à fio d\'água, planos de desenvolvimento e inserção regional e comitê gestor do desenvolvimento regional) deste processo? Para a compreensão desta problemática objetiva-se compreender a relação estabelecida entre o projeto de implantação da Hidrelétrica de Belo Monte e a sua região de abrangência, evidenciando a complexidade e particularidades do processo de reestruturação regional. Desse modo, observa-se que a partir da relação estabelecida entre a implantação de Belo Monte e sua região de abrangência se desenvolveu uma reestruturação regional com amplas características que a identificam como perversa, no momento em que se constituiu como um projeto inovador no que diz respeito a responsabilidade com o pretenso desenvolvimento regional, o que permite concluir que as transformações ocasionadas acirrou a desestruturação de atividades econômicas tradicionais ao criar novas formas de uso e ocupação na região de abrangência, que servem para a sustentação das necessidades da usina e secundarizam os interesses dos agentes regionais. E desta forma, consolidou um modelo de concentração de renda, mesmo com os instrumentos normativos inovadores que direcionariam as intervenções para a materialização do desenvolvimento regional mais equânime.