O orientalismo arquitetônico em São Paulo - 1895 - 1937

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cristofi, Renato Brancaglione
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-20122016-152110/
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo central a compreensão do Orientalismo Arquitetônico em São Paulo, entre 1890 à 1937. Almeja-se por assim, entender a historicidade deste fenômeno, desde a incorporação do vocabulário arquitetônico até a constituição de um diversificado, heterogêneo e particularizado campo social de produção pelas ruas da cidade. Leva-se em conta, como motivos definidores de sua vivência cultural: seus agentes-produtores, seus interlocutores sociais, seus sentidos e signos sociais nas especificidades da São Paulo da Primeira República. O que para além das características e variações de produção formal e da incorporação e interpretação de repertórios orientalistas-arquitetônicos, passa diretamente pela interação com as práticas sociais e tensões da cidade. Assim, depositamos a compreensão nas manifestações paulistanas da arquitetura orientalista, através do entendimento da arquitetura como elemento de representação de seus agentes - proprietários e construtores - dentro de suas redes de sociabilidade e campo de possibilidades. Tendo em vista, especialmente, o papel de afirmação, distinção e apropriação de vínculos simbólicos e de linguagens com esse imaginário \"oriental\" sobre o outro expressos em palacetes. Na aceitação de uma imagem edulcorada, reconhecível e auspiciosa de si, no caso de seus proprietários e viventes, e de vitrine de arte e de ofício de seus variados artífices-construtores. No entendimento das especificidades do caso paulistano enquanto fenômeno marcado pela convivência entre a incorporação de um estilo de arquitetura e a apropriação de sua \"imagem\" orientalista por imigrados árabes e andaluzes radicados em São Paulo, naquilo que aponta para significados e vínculos de identidades e alteridades latentes.