Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Solange de Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-09112009-134612/
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Resumo: |
Introdução: Nos estudos sobre hipertensão em idosos, a população participante é predominantemente da faixa etária entre 60 e 79 anos enquanto aqueles mais de 80 anos pouco participam destes estudos. Nos ensaios clínicos, a monitorização ambulatorial da pressão arterial tem-se mostrado útil no acompanhamento clínico da hipertensão arterial, porém foi empregada indivíduos relativamente jovens e suas variáveis mostram valor preditivo maior para eventos cardiovasculares que a medida da pressão arterial no consultório Objetivo: avaliar hipertensos octogenários tratados com valores de pressão arterial no consultório iguais e inferiores à 140x90 mmHg e as variáveis obtidas pela MAPA e associá-las com a ocorrência de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares. Métodos: participaram 126 octogenários hipertensos em tratamento nos últimos 3 meses e idade mediana de 83 anos. A pressão arterial no consultório foi verificada na posição sentada, supina e ortostática como também foram obtidos informações sobre comorbidades, fatores de risco cardiovasculares e medicações. Em seguida, os pacientes foram submetidos à MAPA. Esses idosos foram acompanhados no período de 23 ±5,6 meses em média e uma consulta a cada 6 meses a fim de obter informações da ocorrência de eventos cardiovasculares. Resultados: A população foi composta de 62,7% de mulheres e as doenças mais prevalentes foram a doença arterial coronariana (33,3%), o diabete melito (23,8%) e a insuficiência cardíaca (22,2%). Dentre os anti-hipertensivos, os mais utilizados foram o inibidores da enzima de conversão de angiotensina (62,7%), os diuréticos (57,9%) e os bloqueadores beta -adrenérgicos (41,3%). No consultório e na posição sentada, a média da pressão arterial foi de 130,9±9,2 mmHg x 73,3±8,9 mmHg. A hipotensão ortostática esteve presente em 31,7% dos idosos estudados. Na MAPA, a média da pressão arterial na vigília foi de 127,1±6,5 x 69,1±8,5 mmHg e durante o sono 122,8 ± 17,3 x 62,9 ± 10,4 mmHg. Para analisar as variáveis obtidas no consultório na MAPA associadas à eventos cardiovasculares, a amostra foi dividida em um grupo com e sem eventos. Durante o seguimento, ocorreram doze eventos cardiovasculares (6 coronarianos e 6 cerebrovasculares). No grupo com eventos, é significativamente maior a prevalência de AVC prévio (33.3% vs. 7.0%, p=0.016). Os fatores de risco cardiovasculares foram similares em ambos os grupos. Também, não houve diferença entre os grupos quanto às classes de anti-hipertensivos. Na análise multivariada, a carga pressórica sistólica diurna e acidente vascular cerebral prévio foram as variáveis independentes para a ocorrência de eventos cardiovasculares. Realizado um modelo de regressão logística ajustado com as variáveis AVC e carga pressórica sistólica na vigília com ponto de corte em 35% obteve-se as seguintes razão de chances (OR) e intervalos de confiança : AVC (OR: 7,669; IC: 1,629-36,098; p = 0,009) e carga pressórica sistólica na vigília (OR: 6,752; IC: 1,750; IC: 26,051; p = 0,005), sensibilidade de 66,7%, especificidade de 75,4%, valor preditivo negativo de 95,6% e acurácia de 74,6%. Conclusão: A carga pressórica sistólica diurna maior que 35% foi forte preditor de eventos cardiovasculares em octogenários hipertensos controlados, principalmente quando associado a AVC prévio |