Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Juliana Bomfim dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-19082021-103907/
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Resumo: |
A dissecção endoscópica de submucosa (ESD) é tratamento bem estabelecido para tumores colorretais superficiais. No entanto, sua dificuldade técnica e suas elevadas taxas de eventos adversos, comparadas à ressecção endoscópica por mucosectomia em piecemeal (EPMR) geram preocupação o que provavelmente contribui para o desencorajamento da ampla utilização da técnica. O debate acima nos estimulou a realizar uma revisão sistemática com o objetivo de identificar os fatores de risco para eventos adversos na dissecção endoscópica de submucosa de tumores colorretais. Conduzimos o presente estudo seguindo o PRISMA statement e o cadastramos na plataforma PROSPERO (University of York) international database (CRD42016042625). As bases de dados pesquisadas foram MEDLINE, EMBASE, Cochrane Library e LILACS para publicações que abordassem fatores de risco para eventos adversos de ESD colorretais publicadas até abril de 2020. Consideramos perfuração e sangramento como os desfechos principais e ainda abordamos eventos adversos em geral, estenoses e síndrome pós-coagulação. Quanto aos fatores de risco, os dividimos em três categorias: relacionados ao paciente, ao tumor e ao procedimento. No total, foram incluídos 22 estudos para análise. Encontramos as seguintes variáveis como fatores de risco independentes para perfuração: fibrose com odds ratio (OR) de 2,90 (IC 95% 1,83-4,59) , localização em cólon direito de 2,35 (IC 95% 1,58-3,50), localização cólica de 1,98 (IC 95%1,24-3,18) e lesões de maiores dimensões de 2,17 (IC 95% 1,47-3,21), bem como endoscopistas experientes como fator protetor, com OR=0,62 (IC 95% 0,45-0,86). Com relação ao desfecho sangramento, a localização em reto foi identificada como fator de risco independente, com OR de 3,55 (IC 95% 2,06-6,12). Por meio das diversas meta-análises realizadas, pudemos resumir os principais fatores de risco para perfuração e sangramento após ESD colorretal, bem como estabelecer melhores níveis de evidência. Dessa maneira, foi possível prover informações importantes para o julgamento clínico daqueles que já realizam esse procedimento e ajudar no processo de aprendizagem dessa técnica desafiadora. |