Educação pós-operatória: construção e validação de uma tecnologia educativa para pacientes submetidos à cirurgia ortognática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Sousa, Cristina Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-15022012-125232/
Resumo: A cirurgia ortognática consiste na correção de deformidades dentofaciais e visa à melhora do paciente no sentido estético, funcional e anatômico da estrutura da face. Dado o aumento da prevalência desta modalidade cirúrgica e a carência de informações destinadas ao paciente submetido a esse procedimento, este estudo teve por objetivo a construção e a validação de um material educativo. A trajetória metodológica envolveu cinco fases: revisão integrativa sobre as complicações cirúrgicas; busca na Internet sobre blogs e comunidades virtuais de pacientes submetidos a cirurgia ortognática para conhecer a população e sua necessidade de informação; realização de um grupo focal com pacientes submetidos a cirurgia ortognática para levantamento das necessidades de educação perioperatória; informação dos juízes sobre orientação feita ao paciente; construção do material educativo e validação do conteúdo técnico junto a juízes quanto a pertinência e categorias de avaliação de um material educativo aplicando a técnica Delphi; e posteriormente a clareza de conteúdo foi validada junto aos pacientes em pós-operatório de cirurgia ortognática. Os resultados referentes ao conhecimento da população demonstraram a necessidade de informação dos internautas quanto à: dúvidas e medos relativos ao procedimento, recuperação, alteração da estética facial, arrependimento após procedimento. No grupo focal, os pacientes expuseram dificuldades vivenciadas pelo edema facial e parestesia, discutiram tempo de recuperação da cirurgia, questões de autoimagem, resultados estéticos e propuseram melhor momento para entrega do material. Na primeira rodada da técnica Delphi, os juízes citaram orientações pertinentes ao período perioperatório, destacando-se: higiene oral, parestesia, edema facial, dificuldade respiratória e mastigatória, alteração da voz e movimentos musculares pós-operatórios e dieta liquida. A segunda rodada da técnica Delphi consistiu na avaliação do material educativo pelos juízes, que resultou 38,2% (84) concordo e 61,3% (135) concordo totalmente para as seis categorias do instrumento. Realizadas as correções sugeridas pelos juízes um novo material foi submetido à avaliação na terceira rodada da técnica Delphi e obtidos 30,9% (68) concordo e 68,6% (151) concordo totalmente, dando como finalizado esta fase. Submetido ao paciente para avaliar compreensão, obteve-se 33,8% (176) concordo e 59,6% (310) concordo totalmente, sem sugestões para alterações do texto e foi mantido o material apresentado. Conclui-se que a construção do material educativo é um processo que envolve profissionais e público alvo para alcançar níveis elevados de aceitação e aderência do material, sendo que este deve ser utilizado como forma complementar de orientação ao paciente.