Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lucia Garcia Dantas Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17052007-142608/
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Resumo: |
Este estudo, realizado em um hospital geral e privado, teve como objetivos identificar problemas apresentados pelos pacientes cirúrgicos após a alta hospitalar, correlacioná-los com a assistência perioperatória e discutir ações possíveis pela enfermagem para a melhoria da evolução dos pacientes após a alta hospitalar. A população foi constituída de 112 pacientes submetidos a cirurgias eletivas no período de março a maio de 2004. Os dados foram obtidos dos prontuários e de entrevista com os pacientes, buscando informações sobre problemas apresentados e aspectos da assistência prestada referentes a: cirurgia, anestesia, preparo pré-operatório, períodos de permanência hospitalar pré e pós-operatória, visitas pré e pós-operatórias dos profissionais relacionados ao processo cirúrgico, momento das visitas, orientações recebidas para alta, entre outros. Os resultados mostraram que 69,6% dos pacientes relataram problemas, relacionados a alterações emocionais e fisiológicas e dúvidas. O mais freqüente referiu-se à ferida cirúrgica, que correspondeu às principais queixas relatadas. Dentre os problemas, 5,3% demandou re-internação. Os resultados referentes à assistência perioperatória apontam relação de alguns fatores com os problemas relatados. As orientações para a alta mostraram-se incompletas. Considerou-se que, na maioria dos casos, os períodos de permanência hospitalar pré e pós-operatórias são curtos e não favorecem momentos e locais formais para o preparo, avaliação e orientações ao paciente. O período pós-operatório é ainda mais curto, pelo tempo demandado para a recuperação anestésica que, neste estudo, predominaram aquelas mais complexas. Houve associação significativa entre período pós e tipo de anestesia. Não foram todos os pacientes que receberam visitas, nestas fases, por profissionais diretamente envolvidos com processo cirúrgico e, dentre os que receberam, foram significativas aquelas realizadas apenas no centro cirúrgico, principalmente entre os anestesiologistas. Os problemas após a alta que demandaram internação ocorreram em pacientes que não receberam visita pré-operatória pelo cirurgião e anestesiologista. Os pacientes só retornam ao hospital quando complicações já ocorreram. A alta do processo cirúrgico, portanto, ocorre no consultório do cirurgião e o hospital não tem condições de participar na prevenção dos problemas após a alta. Com o avanço da tecnologia, o processo cirúrgico se modificou. As intervenções cirúrgicas são cada vez mais rápidas, permitindo o restabelecimento em menor tempo. Por outro lado, o processo cirúrgico tem sido realizado em vários locais, além do hospital, podendo determinar vácuos" nas etapas da assistência perioperatória e favorecer problemas, tanto durante a fase transoperatória quanto pós-operatória. Configura-se a necessidade de novas estratégias assistenciais que garantam a integralidade deste processo. E a enfermagem pode ser uma destas estratégias, como elo de integração entre paciente/família/hospital/médico. A determinação de momentos formais para avaliação e orientações ao paciente, tanto na fase pré-operatória quanto pós-operatória, deve ser considerada, visando atender às expectativas e necessidades dos pacientes como demonstrado neste estudo |