Avaliação pós-ocupação de unidade de terapia intensiva hospitalar: a percepção dos usuários sobre a qualidade do ambiente construído.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Zioni, Eleonora Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
APO
ICU
POE
UTI
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde-19042021-113646/
Resumo: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o conjunto de ambientes destinados ao atendimento a pacientes graves em um hospital. Essa pesquisa de mestrado utilizou os múltiplos métodos da Avaliação Pós-Ocupação (APO) para avaliar os ambientes construídos de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um complexo hospitalar localizado em São Paulo. Buscou-se verificar a satisfação dos profissionais da UTI através da percepção da qualidade do ambiente construído. Inicialmente foi realizada uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) para se conhecer os instrumentos de avaliação existente no setor de saúde, depois foram levantados marcos teóricos e legislativos, ferramentas de qualidade em serviços de saúde, humanização, ambiência, certificações de edifícios, design centrado no usuário, projetos colaborativos e bem-estar em ambientes de UTI, além de benchmarks de UTIs de referência no Brasil e no exterior. Múltiplos métodos de APO foram aplicados, como walkthrough, vistorias técnicas, entrevistas semiestruturadas, questionários e observações não participativas, para coletar dados qualitativos e quantitativos quanto à percepção dos profissionais sobre o ambiente da UTI. Os dados coletados foram interpretados por análise de conteúdo e de indicadores quantitativos. Os resultados demonstraram que mais de 78% dos 62 respondentes dos questionários avaliaram como \'regular, bom ou ótimo\' a sua satisfação com o ambiente de trabalho do estudo de caso. Os resultados dos múltiplos métodos foram organizados e serviram para embasar a elaboração de diagnósticos e recomendações. Os diagnósticos foram separados pelos aspectos (infraestrutura; manutenção; acessibilidade; humanização e ambiência) e classificados pela pesquisadora segundo o nível de influência no bem-estar mental dos trabalhadores (IBEMU), ou seja, quanto os aspectos influenciam na redução de estresse nos profissionais. Os níveis poderão ser indicadores para tomadas de decisão sobre possíveis intervenções no ambiente construído e sobre como priorizar aspectos que colaboram com a saúde mental dos usuários em edifícios de saúde. A pesquisa espera colaborar com a melhoria contínua em processos de projetos de arquitetura para hospitais e para Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS), especialmente para ambientes complexos como a UTI.