Variações naturais da concentração de CO2 e da razão isotópica 13C/12C no ar atmosférico

• Ano de defesa: 1981
• Autor(a) principal: Martins, Dinival
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ATMOSFERA; CARBONO-12; CARBONO-13; DIÓXIDO DE CARBONO; RAZÃO ISOTÓPICA
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11133/tde-20231122-100306/

Foram construídos diversos sistemas e testadas várias técnicas de amostragens para as determinações da concentração e da razão isotópica 13C/12C do CO2 atmosférico. Foi construído um sistema para preparo de padrões de ar seco com concentrações desejadas de CO2 próximas do ar atmosférico, com desvios menores que 0,5 ppm. Utilizando-se de um analisador de gás pelo princípio de absorção de radiação infravermelha (IRGA-20 da Grubb Parsons), foi possível medir concentrações absolutas de CO2 no ar atmosférico com desvio padrão menor que 2 ppm e variações relativas com desvio menor que 0,5 ppm. A adaptação de um sistema de introdução de amostras gasosas ao analisador possibilitou a realização de análise da variação da concentração de CO2 num fluxo contínuo de ar atmosférico pelo método dinâmico, e pelo método estático no qual a concentração de CO2 foi determinada em amostras de ar atmosférico coletadas em recipientes especiais pré-evacuados. Os sistemas de amostragens desenvolvidos, para coleta do ar atmosférico e CO2 para análise da variação da razão isotópica 13C/12C por espectrometria de massa, mostraram serem práticos, eficientes e de fácil operação. Nas determinações da concentração de CO2 realizados durante 24 horas em áreas florestadas, verificou-se a baixa concentração nas horas de intensa atividade fotossintética das plantas e um acúmulo de CO2 no ar atmosférico no período noturno devido à respiração das plantas e do solo. Os valores de δ13C/12C para o CO2 atmosférico das diferentes regiões do Brasil, mostraram ser mais negativos nas áreas florestadas em comparação com as litorâneas, demonstrando a influência da floresta na dinâmica do CO2 na biosfera.