Levantamento epidemilogico do estado de saúde bucal da população urbana da cidade de Bauru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Poletto, Luiz Thadeu de Abreu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-15032012-084433/
Resumo: Estudos epidemiológicos são a única forma de propiciar uma visão do estado de saúde bucal e necessidades de tratamento de uma população, e as possíveis relações entre os fatores ambientais e a prevalência de cárie. Estudos desta natureza, no Brasil e no mundo, tem sido dirigidos a grupos de estudantes da rede pública ou trabalhadores da indústria ou comércio. Estretanto, face à situação atual de alto desemprego e um grande número de crianças fora da rede escolar, usou-se uma metodologia que permitiu o sorteio de quarteirões de todos os bairros urbanos da cidade de Bauru. Todas as residências dos quarteirões sorteados foram visitadas e 1839 foram examinadas. No levantamento epidemiológico foram examinados 6.539 indivíduos de mais de 3 anos de idade, que foram classificados quanto à idade, sexo, classe socio-economica, nível de escolaridade e atenção odontológica recebida nos últimos doze meses prévios ao exame. Baseados na análise estatística dos resultados, pode-se concluir que: 1 - O padrão de saúde bucal nas faixas etárias testadas, em relação ao número de pacientes isentos de cárie, CPOD, última visita ao dentista, dentes restaurados e cariados mostrou não have diferenças estatisticamente significantes entre os sexos. Entretanto, houve diferenças estatisticamente significantes entre os sexos em relação ao número de dentes perdidos no sub-grupo de 35-44 anos, tendo o sexo feminino perdido mais dentes que o masculino. 2 - O padrão de saúde bucal na faixa etária de 3-4 anos de idade mostrou diferenças estatisticamente significantes entre as classes sociais, tendo as de nível sócio-econômico mais elevado mostrado maior número de crianças com CPOD igual a zero. Já nas faixas etárias de 5-6 e 12-13 anos, esta diferenã não foi observada. Quando o CPOD e o número de dentes perdidos foram considerados para o grupo 12-13 anos, não houve diferença estatisticamente significante entre as distintas classes sociais. Para a faixa etária de 35-44 foi observada uma diferença estatisticamente significante quando ao número de dentes perdidos, sendo que as classes mais privilegiadas perderam menos dentes que as demais. No sub-grupo de 12-13 anos houve diferença estatisticamente significante, tanto para dentes perdidos, sendo que as classes mais privilegiadas perderam menos dentes que as demais. No sub-grupo de 12-13 anos houve diferença estatisticamente significante, tanto para dentes restaurados, quando para dentes cariados. As classes mais privilegiadas mostraram maior número de dentes restaurados, enquanto as demais mostraram maior número de cariados. As comparações entre os nossos dados e as metas estabelecidas pelo OMS para o ano 2.000 apontam para a necessidade do aumento de 38% para 50% de crianças isentas de cárie, a diminuição do CPOD aos 12 anos, de 4,87 para 3 e o aumento do percentual de indivíduos com todos os dentes aos 18 anos, de 51% para 85%. Certamente estes índices não serão conseguidos dentro do modelo atual de atendimento. Atitudes firmes necessitam ser tomadas para reverter o quadro atual.