Condições de saúde bucal em idosos nas regiões de Benguela e Bocoio – Angola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Caconda, Laurinda Luisa Isaias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216155
Resumo: RESUMO GERAL A saúde bucal da população africana, segundo a OMS é deficiente, afeta a saúde geral e o bem-estar de milhões de pessoas, entretanto há poucos dados sobre o idoso. O objetivo nesta pesquisa foi verificar as condições de saúde bucal de idosos nas comunidades de Benguela e Bocoio, em Angola. Foi realizado um estudo observacional, analítico, transversal, na província de Benguela, nas regiões de Benguela e Bocoio, no período de Outubro a Dezembro de 2019. A população estudada envolveu idosos dos 60 a 90 anos. A amostra foi constituída por 320 idosos, sendo que, 40 pertencem ao lar de terceira idade Ondjo Yetu, 67 aos domicílios da cidade de Benguela, e 213 da comunidade do Bocoio. Foram avaliadas as variáveis sociodemográficas, percepção de saúde bucal, alimentação e uso de bebidas açucaradas, uso de álcool e cigarro, cárie dentária, saúde periodontal, lesão bucal, uso e necessidade de prótese. Os resultados demonstraram que grande parte era do sexo feminino (65,31%), na faixa etária dos 60 a 70 anos (80,93%), vivia na zona rural (66,56%), não trabalhava (87,19%), e não foram alfabetizados (71,25%). Quanto a percepção de saúde bucal 17, 50% teve desconforto na boca, 10,66% não sabia o seu estado de percepção bucal, 5,31% não utilizava escova dentária e pasta dentrífica com flúor, 35,63% faz a escovação dentária uma vez ao dia, 17,50% utilizava o palito de madeira, 0,63% fazia o uso do fio dental, 19,35% não teve dificuldade de mastigar alimentos, 14,38% teve dificuldade com a fala algumas vezes, 33,44% sentiu a sensação de boca seca algumas vezes, 6,56% teve constrangimento por causa da aparência dos dentes algumas vezes, 10,31% evitou sorrir por causa dos dentes algumas vezes, 14,38% não teve sono interrompido por causa da dor de dente, 4,06% consumiam doces de festa algumas vezes por mês, 17,50% raramente ou nunca fazia ingestão de bebidas açucaradas, 23,13% fazia o uso de cigarro todos os dias, 11,56% consumiu 2 drinques de álcool nos últimos 30 dias. Quanto a consulta odontológica (69,06%) fizeram a sua última consulta odontológica de 12 a 24 meses e o motivo da consulta foi por dor de dente gengiva ou boca (95%). A média de índice de CPOD foi 19,1 com desvio padrão 5,9. Do total 58,43% possuía 20 dentes ou mais na boca, com alta porcentagem de dentes perdidos por cárie (60,04%), apresentava bolsa periodontal de 4-6mm e quase a totalidade (99,69%) não usava e necessitava de prótese dentária (95,62%). Concluiu-se que a condição de saúde bucal da população idosa é precária e marcada por uma elevada proporção de dentes perdidos e deficiência no uso de próteses.