Efeito do uso de primers bioativos na interface dentina-adesivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sousa, Ana Beatriz Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
GSE
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-10082015-102247/
Resumo: A longevidade das restaurações com compósitos está diretamente relacionada ao sucesso do tratamento estético. A vida útil das restaurações pode ser influenciada por vários fatores como o material empregado, tempo de uso clínico e a degradação da matriz dentinária por metaloproteinases da matriz (MMPs), que podem afetar a integridade da interface adesiva, fazendo com que a união dentina-­adesivo seja comprometida. Assim, buscando melhores resultados na durabilidade das restaurações adesivas, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de substâncias inibidoras de MMPs (soluções de clorexidina -­ CHX a 0,2% e doxiciclina a 3%) e agente de ligação cruzada (extrato de semente de uva -­ grape seed extract - GSE a 15%) na Resistência de União (RU) de restaurações de resina composta submetidas à ciclagem mecânica. Cavidades de Classe I foram preparadas na área central da superfície exposta de 48 molares humanos hígidos, posteriormente separados em 4 grupos (n=12) de acordo com o tratamento de superfície recebido após o condicionamento de ácido: Grupo I -­ Controle (Sistema Adesivo -­ Adper Single Bond Plus -­ 3M ESPE); Grupo II -­ CHX 0,2% + Sistema Adesivo; Grupo III -­ GSE 15% + Sistema Adesivo e Grupo IV -­ Doxiciclina 3% + Sistema Adesivo. Após os procedimentos restauradores (Filtek Supreme Ultra -­ 3M ESPE), as amostras foram armazenadas em água destilada durante 24 horas a 37°C e subdividas em dois subgrupos: A -­ Controle (armazenado em saliva artificial) e B -­ Submetido à ciclagem mecânica (Coil Cycler, Proto-­tech, forca de 50 N, frequência de 1,5 Hz em 1 x 106 ciclos de aplicação). Após ciclagem mecânica, os corpos de prova foram cortados em palitos (0,8 x 0,8 mm; n = 5 por dente) e submetidos ao teste de microtração (Bisco) a velocidade de 1 mm/min. A atividade colagenolítica da MMP-­2 sob a ação dos primers bioativos foi analisada utilizando o kit EnzChek Gelatinase/Colagenase Assay (D-­12054, Molecular Probes, Eugene, OR, EUA). A atividade gelatinolítica das MMPs-­2 e -­9 após incubação com os primers bioativos foi avaliada através de zimografia convencional. Os resultados obtidos das duas análises foram apresentados na forma de porcentagem de inibição. Zimografia in situ foi realizada utilizando gelatina de fluorescência conjugada (Kit EnzChek Gelatinase/Collagenase Assay) como substrato de MMPs e avaliada com aumento de 40x através de microscopia de fluorescência. Posteriormente, os fótons fluorescentes foram analisados em software (ImageJ). Obtidos os resultados, os dados foram submetidos à análise estatística (2way ANOVA, Tukey, p>0,05) e demonstraram que os primers bioativos não exerceram influência significante sobre a RU dentina-­adesivo, independente da ação da ciclagem mecânica. A atividade colagenolítica, segundo zimografia convencional, demonstrou que os primers bioativos foram capazes de inibir as MMPs, sendo a CHX menos eficiente. Na análise de zimografia in situ, os primers bioativos diminuíram a atividade das MMPs localizadas na interface adesiva, com aumento da atividade gelatinolítica do grupo Controle sendo maior quando submetidos à ciclagem mecânica, efeito não encontrados no grupos tratados com primers bioativos. Concluiu-­se que, apesar de não apresentarem efeitos sobre a RU da interface adesiva, os primers bioativos apresentam ação sobre a degradação da camada híbrida.