Efeito do ácido glicólico na longevidade da resistência de união de pinos de fibra de vidro e na qualidade e atividade enzimática da interface adesiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Villamayor, Karen Gisselle Garay
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-06112024-155200/
Resumo: Avaliar o efeito do ácido glicólico (AG) na resistencia de união (RU) ao cisalhamento por extrusão (push-out) imediato e após 6 meses, ao padrão de falha por meio de estereomicroscópio, à qualidade da interface adesiva por microscopia confocal de varredura a laser (MCVL), e à atividade proteolítica da dentina radicular por meio de zimografia in situ e imunofluorescência. Trinta caninos superiores foram selecionados e seccionados, padronizando o comprimento das raízes (16 mm). As raízes foram instrumentadas com Reciproc (R50) e obturadas com o cimento AH Plus. Em seguida, foi realizado o preparo para pino e as raízes foram distribuídas em 3 grupos (n=10) de acordo com o tratamento da dentina: água destilada (AD), clorexidina 2% (C) e AG 10%. Após a secagem do canal, os pinos de fibra de vidro foram cimentados com RelyX U200. Em seguida, foram obtidos slices de 1,0 mm (± 0,1 mm), sendo que o primeiro slice de cada terço foi destinado ao teste de push-out imediato seguido da análise do padrão de falha (n=10); o segundo slice de cada terço foi destinado ao teste de push-out após 6 meses seguido da análise do padrão de falha (n=10); e os slices mais apicais de cada terço foram destinados à análise da interface adesiva em MCVL imediato (n=4), à análise da atividade enzimática por zimografia in situ (n=6) e à expressão de MMPs-2 e -9 por imunofluorescência (n=4). Os dados de RU e atividade enzimática foram expressos em valores médios (e desvios-padrão) e comparados utilizando o teste ANOVA com pós teste de Tukey. O teste qui-quadrado foi utilizado para avaliar o tipo de falha. A adaptação da interface adesiva foi submetida ao teste Kruskal-Wallis com pós teste de Dwass-Steel Critchlow-Fligner. O software Jamovi v.1.6.23 foi utilizado para a análise estatística, com nível de probabilidade de 95%. O teste ANOVA 2 critérios evidenciou diferença para o fator tratamento da dentina (P<0,05). Maiores valores de resistência de união foram observados para o tratamento com C (10,6 ± 4,1) e AD (9,7 ± 5,8) quando comparado ao AG (1,9 ± 1,4). Para o padrão de falha, o teste qui-quadrado evidenciou diferença para o fator momento (P<0,05), sendo observado maior percentual de falhas adesivas à dentina comparado com o momento imediato e após 6 meses. A análise da interface adesiva em MCVL, mostrou 100% das amostras sem adaptação para o grupo tratado com ácido glicólico, com gaps e lacunas na interface entre pino, parede dentinária e cimento resinoso. A análise da atividade enzimática evidenciou maior ativação de MMP-2 e -9 na interface adesiva para o grupo tratado com ácido glicólico. Conclui-se que o ácido glicólico apresentou menor RU em relação à clorexidina e água destilada, desadaptação da interface adesiva e maior atividade de MMPs.