Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Vanessa da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-14022023-174901/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo compreender como professores surdos possibilitam a construção do conhecimento de estudantes surdos, considerando as diferentes faixas etárias, níveis educacionais e diversidade linguística dos alunos durante o Atendimento Educacional Especializado (AEE), de e em Libras, para alunos surdos, em um Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), da região central do município de Juiz de Fora, Minas Gerais (JF/MG). Como objetivos específicos, buscou-se entender como é pensado e construído o AEE pelos professores e analisar as práticas de uso da linguagem por eles utilizadas para o desenvolvimento dos atendimentos. Para o desenvolvimento da pesquisa foram observadas e filmadas, durante o segundo semestre de 2019, as práticas educacionais de três professores no decorrer dos AEEs de Libras e em Libras, e as atividades propostas postas em diálogo com o planejamento institucional e individual dos professores. A análise dos dados evidenciou que as professoras responsáveis pelo AEE de Libras, dada sua formação superior, privilegiaram o tratamento da língua a partir de itens lexicais isolados do contexto enunciativo, prática que, além de limitar as interações verbais entre alunos e entre professor e alunos, contribuiu para o silenciamento das diversas linguagens sociais constitutivas dos alunos. No caso do AEE em Libras, verificou-se que apesar do planejamento do professor e sua tentativa de aproximar os temas abordados com situações vividas pelos estudantes, poucos resultados puderam ser observados, dado o atraso no desenvolvimento da linguagem e o pouco conhecimento de conceitos escolares básicos demonstrado pelos alunos. Conclui-se que apesar da visibilidade conferida pelo município ao trabalho educacional em Libras desenvolvido por professores surdos, como o observado no CAEE/Centro, ele não tem sido suficiente para garantir a assimilação da Libras e a aprendizagem dos alunos a partir desta língua, ao se considerar a reduzida frequência semanal e no tempo de cada atendimento, as contínuas falta dos alunos e a falta de formação pedagógica por parte dos docentes, que, por vezes, em diálogo com as respectivas histórias, reproduziram atividades por eles vividas e construídas em processos escolares não bilíngues. |