Influência da deficiência hídrica do solo nos parâmetros vegetativos e produtivos da berinjela (Solanum melongena L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Vieira, Ana Rita Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20210104-163156/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo principal estimar o fator Ky para a cultura da berinjela, cultivar embú, na região de Piracicaba-SP, no ano de 1992, em uma só época de plantio (janeiro). Conjuntamente, procurou-se fazer as caracterizações morfológicas e fisiológicas da cultura discutindo a metodologia utilizada. Para a determinação de Ky foi empregada a função que relaciona o déficit de produção relativa com o déficit de evapotranspiração relativa (Stewart1 citado por HANKS e HILL, 1980), segundo metodologia e delineamento proposto por DOORENBOS e KASSAM (1979), no qual foram impostas deficiências hídricas em quatro períodos fenológicos a saber: vegetativo, abertura de gema floral, início de frutificação e formação de frutos e colheita, o que envolveu a imposição de deficiências em um, dois e três períodos, de forma combinada sendo um tratamento testemunha (sem estresse hídrico) e um tratamento com estresse hídrico contínuo ao longo ciclo, para dois níveis de água. Nos tratamentos sem estresse, esses níveis eram registrados quando os respectivos. Tensiômetro, a 15cm de profundidade do solo, atingiam a tensão máxima de cerca de -0,01 Mpa e, para aqueles tratamentos com estresse, quando a evapotranspiração real (Eta) média do período de estresse hídrico fosse igual a aproximadamente 50% da evapotranspiração máxima (Etm) média do mesmo período. O sistema de irrigação utilizado foi o gotejamento. Além disso, criou-se outro índice de estresse, IEH = [ (1 – p) – A̅D̅ / CAD ]. N, onde (1-p) é a fração de água no solo não prontamente disponível e A̅D̅ / CAD é a relação média entre água disponível e capacidade de água disponível durante um certo período, válido para a condição 1 – p > A̅D̅ / CAD, adotando o déficit de evapotranspiração relativa (DEVREL = 1 – Eta / Etm) na avaliação do grau de estresse. Verificou-se possíveis relações entre esses índices e produção, bem como com os diversos parâmetros de crescimento. Os resultados produzidos mostraram que: 1) os valores de Ky obtidos permitiram quantificar a sensibilidade da cultura ao estresse hídrico, sendo os períodos de abertura de gema floral e início de frutificação os mais sensíveis, conforme menciona a literatura; 2) a imposição do estresse hídrico leve a moderado, nos diferentes períodos fenológicos não teve influência na duração do ciclo da cultura; 3) o parâmetro número de folhas é que melhor se relacionou com a produção e também com os índices de estresses hídrico estudados; 4) o critério de irrigação através da estimativa da evapotranspiração real da cultura como foi proposto por DOORENBOS e KASSAM (1979) não se mostrou satisfatório por não permitir a adoção de lâminas e frequências de irrigação uniformes nos diferentes períodos fenológicos, tornando os níveis de estresse não comparáveis entre as diversas parcelas. -----11 STEWART, J.I., HAGAN, R.M., PRUITT, W.O., HANKS, R.J., RILEY, J.P., DANIELSON, R.E., FRANKLIN, W.T., and JACKSON, E.B. Optimizing crop production through control of water and salinity levels, Utah Water Res. Lab. PRWG 151-1, sepr, (1977).