Avaliação da qualidade física e fisiológica de sementes de espécies florestais nativas produzidas em plantios de restauração florestal e remanescentes naturais no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Castillo Diaz, Diana Consuelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-17122013-113629/
Resumo: As sementes nas florestas são as responsáveis pela manutenção e perpetuação de comunidades vegetais através da regeneração e são insumo básico nos programas de recuperação e conservação de ecossistemas, por tanto, a qualidade fisiológica, física, sanitária e genética das sementes adquire um grande valor na produção de plântulas saudáveis e viáveis, visando a adaptabilidade e permanência de populações a longo prazo. Por tanto, objetivou-se conhecer e comparar a qualidade fisiológica de sementes de espécies florestais nativas produzidas em plantios de restauração florestal e em áreas de remanescentes naturais no interior do estado de São Paulo, a partir do potencial germinativo, teores de umidade e peso seco das sementes, para assim gerar informações sobre a influência das áreas reflorestadas e naturais sobre as características das sementes e se áreas reflorestadas podem ser possíveis fontes de coleta de sementes viáveis para produtores e viveiristas para futuros projetos de restauração. A coleta de sementes e frutos foi realizada em sete áreas plantadas e doze naturais em um raio menor a 50 km ao redor do município de Piracicaba, SP, no período de fevereiro e setembro de 2012. Foram selecionadas 12 espécies presentes nas duas áreas (remanescente e reflorestada) e coletados frutos de aproximadamente 10 matrizes de cada espécie para posteriormente realizar testes de umidade e germinação. Os frutos foram beneficiados e as sementes armazenadas em geladeiras para sua conservação. O experimento foi instalado em condições controladas, utilizando gerbox e vermiculita como substrato e foram avaliados três vezes por semana até atingirem a germinação constante. As variáveis resposta avaliadas foram: massa seca de sementes (MSS), porcentagem de germinação (%G), tempo médio de germinação (TMG) e Índice de Velocidade de Germinação (IVG). Os dados foram transformados, submetidos a uma análise de variância (ANOVA) e a teste de tukey a 1%. Os valores de massa seca de sementes e porcentagem de germinação diferiram estatisticamente entre as espécies e suas matrizes e revelaram a existência de interação significativa entre as espécies florestais e as procedências. Porém, não houve diferença significativa nos valores de tempo médio de germinação (Valor P = 0,8529) e o Índice de Velocidade de Germinação (Valor P = 0,2448) entre as procedências (natural e plantada). De acordo com os resultados a área natural (0,128 g de MSS, 59,5%G, 11,7 TMG e 3,08 IVG) apresentou os melhores valores com relação à plantada (0,100 g de MSS, 53,4%G, 12,1 TMG e 3,13 IVG). No entanto os resultados de germinação nas duas áreas foram acima de 50%, além de demonstrar que com relação ao tempo e velocidade de germinação não existe influência significativa dos ambientes sobre a qualidade das sementes produzidas resultando dados favoráveis para coletores de sementes, produtores de mudas e restauradores de ecossistemas.