Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Soares, Sônia Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-03042020-120149/
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Resumo: |
Este estudo busca compreender a cultura das práticas não-alopáticas no serviço público de saúde tendo como objeto o Programa de Práticas Não-Alopáticas implantado, em 1994, pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte-SMSA/ BH. Este Programa é a institucionalização de uma proposta inovadora, que nasceu num momento de mudanças políticas na área da saúde decorrentes da operacionalização do SUS, com o objetivo de garantir à população acesso gratuito ao atendimento de homeopatia, acupuntura e medicina antroposófica. Trata-se de um estudo de caso etnográfico fundamentado na antropologia interpretativa, tendo como foco central o conceito de cultura de Geertz, a noção de habitus e o conceito de campo proposto por Bourdieu. O trabalho de campo foi realizado através de observação participante, entrevistas e análise de documentos. Emergiram como análise temática os seguintes esquemas conceituais: \"da medicina contemporânea ocidental à medicina não-alopática\",\"as práticas terapêuticas não-alopáticas como uma cultura emergente no serviço público\",\"a realidade das práticas terapêuticas não-alopáticas no serviço público de saúde\". Os profissionais não-alopatas descrevem os dilemas e conflitos latentes vivenciados durante o rito de passagem da prática médica ocidental ao seu engajamento na medicina não-alopática. O Programa pelo seu caráter inovador colocou o desafio da criação de instrumentos que viabilizassem as práticas não-alopáticas no modelo assistencial do SUS dentre eles a garantia dos medicamentos não-alopáticos para o usuário, mas ainda não se constituiu enquanto política no âmbito da SMSA/BH. As práticas não-alopáticas, principalmente a medicina antroposófica, ainda são pouco conhecidas da população, sendo referida como um tratamento \"novo\" e \"diferenciado\". Este estudo oferece subsídios para a organização e integração mais efetiva das práticas não-alopáticas nos serviços de saúde públicos, desmistificando preconceitos a respeito dessas práticas e instigando outros profissionais para o desenvolvimento de outros estudos. |