Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cantori, Lucas Vinicius |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-14092023-151016/
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Resumo: |
No final da década de 1980 houve danos significativos à citricultura brasileira em consequência dos danos causados pelo bicho-furão-dos-citros, Gymnandrosoma aurantianum Lima, 1927 (Lepidoptera: Tortricidae), muito provavelmente em decorrência dos desequilíbrios causados pelas excessivas aplicações de produtos químicos para o controle das cigarrinhas transmissoras da Clorose Variegada dos Citros (CVC). No entanto, na década seguinte (1990), foi desenvolvido um método de amostragem de adultos da praga, por meio de um feromônio sintético patenteado como Ferocitrus Furão®, com o qual foi possível racionalizar e diminuir as aplicações de inseticidas. Dessa forma, a citricultura paulista evitou perdas de mais de U$ 1,3 bilhão no período de 2001-2012. No entanto, após 2004, com o aparecimento do greening no Brasil, as aplicações de produtos químicos novamente se intensificaram, agora para o controle da Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Psyllidae), transmissora da doença. Portanto houve uma nova explosão populacional do bicho-furão. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar uma opção de controle biológico do bicho-furão-dos-citros, por meio do parasitoide de ovos Trichogramma. Foi feita uma seleção de espécies de Trichogramma (Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, Trichogramma pretiosum Riley, 1879 e Trichogramma galloi Zucchi, 1988) quanto ao potencial de parasitismo. A espécie selecionada foi T. atopovirilia. Foram liberadas, em condições de campo, três quantidades do parasitoide (150.000, 600.000 e 2.400.000/ha) por meio de drones georreferenciados. Avaliou-se diariamente a oviposição de G. aurantianum e observou-se o pico de oviposição, em laboratório, para a determinação do momento de liberação dos parasitoides com base na coleta de adultos na armadilha de feromônio. Após tais determinações, liberaram-se uma, duas e três vezes a quantidade da qual houve maior parasitismo. Paralelamente, foram realizados testes de seletividade de produtos sobre a espécie T. atopovirilia, que eventualmente possam ser aplicados em citros. De acordo com os resultados obtidos, T. atopovirilia (linhagem ATP) apresentou maior potencial de controle do bicho-furão-dos-citros. A quantidade de 150 mil parasitoides da espécie T. atopoviriilia por hectare, em 3 liberações, a intervalos semanais, foi a mais adequada. O drone utilizado na liberação permitiu uma dispersão homogênea dos parasitoides em citros. O momento ideal para a realização da primeira liberação foi entre o quinto e sétimo dias após a constatação do nível de controle na armadilha de feromônio. Os produtos químicos ciantraniliprole, sulfoxaflor, abamectina, a mistura ciantraniliprole + abamectina e o fungo entomopatogênico Cordyceps fumosorosea (Wize) Kepler, B. Shrestha & Spatafora, foram seletivos ao parasitoide e poderão ser utilizados mesmo com a liberação de T. atopovirilia desde que se respeite um intervalo de 3 a 7 dias entre aplicações de tais produtos, após a liberação do parasitoide. |