Satisfação autorreferida da fala de pacientes adultos jovens com fissura labiopalatina: uso do índice CLEFT-Q©

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Rafaela Sena dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-04102024-143624/
Resumo: Compreender como a fala influencia na vida dos indivíduos com fissura labiopalatina é essencial para fomentar a busca por alternativas que minimizem ou eliminem os impactos que podem surgir no decorrer da vida, principalmente no início da vida adulta. Para isso, é necessário a utilização de instrumentos padronizados e que abordem aspectos relacionados a essa população, favorecendo o direcionamento do tratamento. O índice CLEFT-Q© é uma medida autorreferida que aborda a aparência, função facial e qualidade de vida relacionados às alterações da fissura labiopalatina, sob a perspectiva do paciente, o que pode propiciar respostas objetivas e quantitativas do quanto o tratamento pode estar sendo efetivo para o paciente. Diante disso, faz-se necessário investigar o nível de satisfação com a fala dos pacientes com fissura labiopalatina na fase final do tratamento. Objetivo: Verificar a satisfação autorreferida com relação à fala, de pacientes jovens com fissura labiopalatina, por meio do índice CLEFT-Q©. Método: Estudo do tipo transversal, realizado a partir da obtenção da autopercepção da satisfação com a fala dos pacientes com fissura palatina com ou sem acometimento do lábio. A amostra foi composta por 150 pacientes com fissura labiopalatina reparada, de ambos os sexos, na faixa etária de 18 a 25 anos, atendidos na rotina ambulatorial do HRAC/USP ou em alta definitiva do tratamento. Foi utilizado o índice CLEFT-Q© por meio das escalas de Função da Fala, com o intuito de verificar como é a sua fala, e da escala de Dificuldades de fala, abordando situações para verificar o que ele sente sobre a sua fala. Para isso, foi obtida a autorização de uso da McMaster Industry Liaison Office - MILO. Para as análises, foi considerado um nível de significância de 5%. Resultados: A fissura labiopalatina unilateral apresentou maior índice de satisfação com a fala em comparação aos outros dois tipos de fissuras. Além disso, 47,8% dos pacientes em tratamento demonstraram satisfação com a própria fala considerando ambas as escalas. Porém, ao analisar as escalas separadamente, a satisfação com a fala foi maior na escala Dificuldades de Fala (62%). Por outro lado, os pacientes que receberam alta do serviço apresentaram satisfação com a fala na análise em ambas as escalas (61,5%) e considerando as escalas separadamente \"Função da Fala\" (61,5%) e \"Dificuldades de Fala\" (69,2 %). Não houve relação estatisticamente significativa entre as variáveis idade e satisfação com a fala nas escalas \"Função de Fala\" (r = 0,066 e p = 0,415) e \"Dificuldades de Fala\" (r = 0,095 e p = 0,247). Quando comparadas as escalas Função de Fala e Dificuldades de Fala, foi encontrada correlação positiva estatisticamente significativa de grau forte. Conclusões: A maioria dos pacientes com idade entre 18 e 25 anos com fissura labiopalatina em tratamento não demonstrou satisfação com sua fala quando considerado seu mecanismo de produção de fala, mas em contexto social apresentaram-se satisfeitos. Por outro lado, os pacientes que receberam alta do serviço estão satisfeitos com sua fala, tanto em termos de funcionalidade quanto em contextos sociais.