Machinassiah: heavy metal, alienação e crítica na cultura de massa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Nakamura, Sandra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-03022010-145308/
Resumo: A cultura de massa (midiática) tem sido tradicionalmente considerada pouco criativa, alienada e, portanto, menos relevante do que as formas artísticas clássicas e canônicas. Sua incapacidade de se relacionar com a sociedade de outro modo que não como produto disponível no mercado fariam dela mero sustento da lógica de consumo. Propomos no presente trabalho a observação desta forma de cultura a partir de uma outra perspectiva. Com base em teorias Pós-Coloniais, da Complexidade e do Letramento Crítico, mostramos que a alienação da cultura de massa não lhe é uma característica intrínseca, mas uma construção feita a partir de práticas sociais cotidianas. Sendo uma construção, a alienação pode ser desconstruída, e a cultura pode tornar-se crítica, política, socialmente interessada e interessante. Trabalhamos com esta hipótese analisando o heavy metal, tomado como manifestação cultural (de massa) tradicionalmente identificada com a rebeldia e a contestação cultural e social. Observamos diferentes estratégias de dissidência a que recorrem roqueiros e headbangers, constatando que rupturas mais profundas com o conformismo alienado emergem de sua participação crítica em sua cultura musical, na cultura de massa e na sociedade de consumo. A confirmação de tal constatação foi obtida pela análise (multimodal) de um caso, representado pela banda sueca Pain of Salvation.