Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Laranjeira, Paulo Roberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-11122019-175656/
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Resumo: |
Introdução: O processo de esterilização hospitalar requer que os produtos para saúde sejam entregues limpos, esterilizados e secos. A ocorrência de pacotes molhados é um desvio do processo, condição inaceitável segundo a AAMI (2017). Ações arbitrárias, como adição de campo absorvente nas caixas, aumento da pressão da câmara externa, aumento do intervalo de tempo da rampa de aquecimento e aumento do intervalo de tempo de secagem, são praticadas pelos CME e engenharia em busca de uma solução, considerando o sucesso da intervenção com base na carga seca ao término do ciclo e no resultado dos indicadores químicos e biológicos satisfatórios. Frente ao exposto, questiona-se quais seriam as implicações das tais práticas adotadas para evitar pacotes molhados na segurança da esterilização a vapor e suas repercussões nas respostas dos indicadores biológicos e químicos. Objetivo: avaliar o impacto das práticas adotadas pelos CME para evitar pacotes molhados/úmidos na segurança da esterilização e suas repercussões nas respostas dos indicadores biológicos e químicos. Método: a pesquisa caracterizou-se como estudo experimental laboratorial, realizado em duas etapas. Na primeira, os estudos foram conduzidos utilizando duas procedências de resistômetro equipamento utilizado para controle de qualidade dos indicadores químicos e biológicos cuja característica é não contemplar fase de condicionamento, e na segunda, uma esterilizadora a vapor de uso hospitalar incluindo a fase de condicionamento. As variáveis independentes da pesquisa em ambas as etapas foram: presença de campos absorventes, aumento da pressão da câmara externa, aumento de tempo de secagem e aumento do tempo da rampa de aquecimento. As variáveis dependentes foram: resultado dos indicadores biológicos e químicos tipo 5 e 6 de três procedências distintas, e o resultado mecânico da relação pressão versus temperatura. Resultados: Na etapa 1 quando a resposta dos indicadores químicos e biológicos teriam a priori, precisão teórica para aprovar ou reprovar os ciclos frente a ações arbitradas pelos CME para obter material seco, na situação provocada de adição de campo absorvente e aumento da pressão da câmara externa causando o vapor superaquecido - detectado por meio da relação pressão versus temperatura 76% dos indicadores químicos não conseguiram detectar a falha, demonstrando falha na sensibilidade dos IQ 5/6 ou baixo impacto dessa intervenção. Já o IB demostrou sensibilidade maior do que os IQ 5/6, com 96% a mais de detecção de falha. O tempo de secagem adicional não interferiu na mudança esperada dos resultados dos indicadores químicos em ciclos onde o tempo de esterilização foi reduzido para metade como desafio, ao contrário dos resultados com a rampa de aquecimento estendida onde todos indicadores tiveram o resultado aprovado em meio ciclo de esterilização. Na segunda etapa, nos estudos em esterilizadora com fase de condicionamento, observou-se que a secagem adicional alterou o resultado dos indicadores químicos, mudando de reprovado para aprovado, e a condição de vapor superaquecido foi observado nos parâmetros físicos medido pelos sensores externos, mas nenhum indicador conseguiu identificar a falha, inclusive os instrumentos de controle do equipamento. Conclusões: Ações de adição de campo absorvente nas caixas e aumento da pressão da câmara externa não podem ser utilizados acriticamente, pois podem prejudicam diretamente a segurança da esterilização, inibindo a coagulação de esporos na presença de vapor superaquecido, e os IQ tipo 5/6 e IB não tem especificidade para detectar falha na esterilização frente a essas condições. Não se evidenciou riscos na segurança da esterilização pelas manobras do aumento do tempo da rampa de aquecimento e o aumento do tempo de secagem, mas sim nos resultados falso satisfatórios dos IQ 5/6 e IB nos experimentos quando o tempo de esterilização foi propositalmente reduzido pela metade. |