Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Barijan, Ana Tércia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-23022021-093947/
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Resumo: |
Introdução: O recente avanço das técnicas cirúrgicas demandou a utilização de métodos de esterilização a baixa temperatura, tal como o peróxido de hidrogênio vaporizado (VH2O2), para possibilitar a esterilização de produtos para saúde (PPS) termossensíveis. Embora amplamente utilizado nos Centros de Material e Esterilização (CME), os problemas relacionados à esta tecnologia são muitos, tais como: baixa difusibilidade do VH2O2, ausência de normas construtivas e de validação, limitação das tecnologias para medir a concentração do agente esterilizante, validação e monitoramento dos ciclos, além de práticas inadequadas de carregamento e esterilização de PPS. Objetivo: Avaliar, por meio de indicadores físicos (IF) e biológicos (IB), se as práticas atuais do CME, na escolha das cargas e do carregamento, interferem na segurança dos esterilizadores de VH2O2: Sterrad® 100S ciclo curto, Sterrad® 100NX ciclo padrão e Vpro® Max ciclo sem lúmen. Método: Pesquisa de campo, exploratória e descritiva, realizada em hospitais que utilizam os equipamentos supracitados na rotina. Os dados foram coletados após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa e autorização dos hospitais participantes. Foram avaliados três esterilizadores de cada modelo de CMEs distintos, sendo que a escolha dos ciclos para coleta dos dados deu-se pela maior criticidade e frequência de utilização nos locais de estudo. Os IB foram posicionados, unitariamente, em envelopes duplos de Tyvek® (considerados pacote-teste), com fechamento por selagem térmica. Em cada esterilizador, foi realizado um ensaio vazio em meio ciclo, com três pacotes-testes nas seguintes posições: superior/anterior; superior/centro e inferior/posterior. Sequencialmente, foram realizados ensaios com a mesma carga em triplicata, compostos pelos PPS que representam um desafio à rotina, também, em meio ciclo. Internamente, adicionaram-se IB, além de dois pacotes-testes posicionados na parte superior/anterior e inferior /posterior, sendo o primeiro colocado no ponto mais próximo da entrada do agente esterilizante, e o segundo colocado no ponto mais distante. Resultados: do total de 9 ensaios com carga para cada modelo de esterilizador, obtemos IB positivos em 22% dos ensaios do modelo 100S, 33% no modelo 100NX e 100% no modelo V-pro. Os IB positivos foram relacionados à sobreposição de pacotes, à presença de tapete imantado, às bandejas de acondicionamento sem instrução de uso do fabricante (IUF) para o método e, principalmente, à difusibilidade do VH2O2 prejudicada em pontos mais distantes da entrada do VH2O2 na câmara de esterilização. Outras hipóteses que podem ter contribuído para o resultado foram a falta de IUF dos PPSs para o método e o uso de massa adicional que consome o VH2O2. Não foi possível correlacionar os resultados dos IB positivos aos parâmetros físicos do esterilizador, bem como ao total de peso da carga. Conclusão: O presente estudo pode afirmar que as cargas e o carregamento interferem na segurança dos esterilizadores por VH2O2. As IUF validadas dos esterilizadores, dos PPSs, dos sistemas de barreira estéril e das bandejas de acondicionamento devem ser respeitadas, como também a qualificação dos equipamentos com carga que representem um desafio da rotina utilizando-se IB em meio ciclo. Este procedimento pode detectar a insuficiência de exposição dos PPSs ao agente esterilizante para atender o Nível de Segurança de Esterilidade (SAL - Sterility Assurance Level) de 10-6 . Atualmente, o monitoramento de rotina de todos os ciclos com IB é o procedimento mais seguro para este método de esterilização. |