Física intuitiva: avaliação de desempenho em autistas de alto funcionamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pozzi, Cristina Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-31032014-144344/
Resumo: Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por uma díade de sintomas que inclui anormalidades na comunicação, interação social e padrões restritos de comportamentos e interesses, numa idade precoce. Na ausência de um marcador biológico para o transtorno do espectro autista, são exploradas definições cognitivo-comportamentais que expliquem esse quadro. Um modelo cognitivo recente sugere a teoria da empatia-sistematização que explica as dificuldades sociais e de comunicação no autismo em virtude de um atraso e deficit na empatia e explica as aptidões em virtude de uma habilidade intacta ou superior em sistematização. O teste de física intuitiva é um instrumento utilizado para avaliar sistematização. O objetivo deste trabalho é analisar evidências de validade do teste em crianças brasileiras e verificar o desempenho de autistas de alto funcionamento neste teste e na bateria de provas de raciocínio. A análise da consistência interna do teste de física intuitiva revelou um coeficiente considerado insatisfatório. Entre os 330 participantes de escolas, observou-se diferença das pontuações estatisticamente significativa entre gêneros, com desempenho superior em meninos, assim como um incremento na pontuação conforme idade, série escolar e tipo de escola. Os participantes da escola particular apresentaram melhor desempenho. Já entre o grupo clínico (composto por 28 participantes com diagnóstico de autismo de alto funcionamento) e o grupo controle (composto por 28 estudantes de escola particular), observou-se melhor desempenho deste último no teste de física intuitiva, assim como na prova de raciocínio mecânico da Bateria de Provas de Raciocínio. As propriedades psicométricas do teste indicam baixo índice de precisão. O desempenho entre os participantes de escolas modificou-se de acordo com o desenvolvimento, resultado que pode refletir não apenas o desenvolvimento cognitivo da criança, mas também sua experiência diária e aprendizado escolar. Por outro lado, os pacientes com autismo de alto funcionamento não obtiveram melhor desempenho no teste, em relação ao grupo controle