Estrutura da população, crescimento e reprodução de Maurolicus stehmanni Parin & Kobylianski, 1993 (Teleostei: Sternoptychidae) na zona econômica e exclusiva do sul e sudeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Almeida, Eduardo Machado de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-28092001-131903/
Resumo: Maurolicus é um gênero representado por peixes mesopelágicos, com elevada biomassa na Zona Econômica Exclusiva sudeste sul brasileira. O material deste estudo provém de arrastos com rede de meia água efetuados com o N/Oc. Atlântico Sul, entre as isóbatas de 100 e 1500 m e entre as latitudes 22° e 35° S, realizados no inverno de 1996; outono de 1997 e primavera de 1997. A análise das características merísticas e morfológicas de 120 exemplares, coletados em 4 pontos distintos, indicou que na região ocorre M. stehmanni Parin & Kobyliansky, 1993. Através da análise da distribuição vertical e horizontal das capturas, verificou-se que a espécie está associada à região de quebra de plataforma continental, permanecendo em profundidades maiores que 200 metros durante o dia, migrando para camadas superiores a noite, com a diminuição da intensidade luminosa. Pela distribuição de freqüência de comprimento e proporção entre jovens e adultos constatou-se que ocorreu recrutamento em todos os períodos estudados. A partir da análise da proporção entre peixes jovens e adultos por comprimento estimou-se o L50médio em 32 mm. As análises da relação gonadossomática, da freqüência dos estádios de maturidade gonadal e do ∆K (diferença entre o fator de condição total e somático) indicaram que a espécie apresentou atividade reprodutiva em todas as áreas e épocas analisadas. A relação entre o raio do otólito e o tamanho dos indivíduos é linear, porém não foi possível identificar a periodicidade de formação dos anéis, impossibilitando estimativas adequadas dos parâmetros de crescimento. Aplicando-se a rotina ELEFAN I, do pacote computacional FISAT, aos dados de freqüência de comprimento foi estimado o L∞ em 53 mm e k em 0,9 ano-1, indicando que a espécie atinge o tamanho médio da 1 a maturação gonadal em torno do 1º ano de vida.