Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Tarasoutchi, Daniela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-04022016-103750/
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Resumo: |
Introdução: O café é uma das bebidas mais apreciadas e consumidas no mundo, por suas características organolépticas e efeito estimulante. Pelos potenciais efeitos na saúde causados por esta bebida surgiu, desde cedo, o interesse da comunidade científica. Como ainda ha controvérsias a respeito do café quanto aos seus reais efeitos, justifica-se este estudo em voluntários saudáveis e consumidores habituais de café. Objetivo: Comparar o consumo de dois diferentes graus de torras de café (torra média e escura) em 3 tipos de café: 100% arábica, blend e blend descafeinado e seus efeitos sobre o perfil metabólico em indivíduos saudáveis. Métodos: Em estudo prospectivo, foram avaliados 70 indivíduos sem qualquer doença associada, sendo 50 mulheres, com idade média de 47 ± 12 anos. Durante o período de seguimento no estudo, os voluntários que preencheram os critérios de inclusão, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e iniciaram no estudo, que teve um total de 77 dias. Cada voluntário realizou quatro visitas (T0, T1, T2 e T3). Primeiramente, os participantes foram randomizados para cada tipo de café: 100% arábica, blend ou blend descafeinado. Depois uma nova randomização foi feita para estabelecer a ordem de consumo dos dois graus de torra (média e escura), num estudo do tipo crossover. Na visita T0, o participante foi orientado a parar a ingestão do café ou qualquer alimento fonte de cafeína por 21 dias. Na visita T1 foram randomizados para iniciar o consumo de café filtrado primeiro com um tipo de torra (torra média ou torra escura) por 4 semanas e então com \"crossover\" para o outro tipo (visita T2), com um período total de 8 semanas de consumo de café. O café foi fornecido aos pacientes, sendo do mesmo tipo, do mesmo produtor e com a forma de preparo padronizada e consumo diário de café de 450-600 ml/dia. Após período de \"washout\" (basal) e após cada período de tomada de café por tipo de torra, os pacientes foram submetidos aos exames laboratoriais (Colesterol total e frações, triglicérides, glicemia de jejum, PCR, Lp(a), homocisteína e acido fólico) e avaliação antropométrica (peso e IMC). Resultados: Foi observado aumento do colesterol total, do LDL e do HDL no grupo que consumiu café do tipo Blend, para os dois tipos de torra quando comparados ao basal. Houve aumento significativo da homocisteína no grupo que consumiu café 100% arábica e Blend. No grupo que consumiu café 100% arábica houve aumento significativo da homocisteína somente na torra média quando comparado ao basal. Já no grupo que consumiu o café tipo blend a diferença significativa foi apenas entre as duas torras escura e média, na qual a escura apresentou valor menor que a torra média. Conclusão: Café promove aumento discreto nas dosagens de homocisteína quando consumido o café blend e 100% arábica. Aumentou também o colesterol total, LDL, e ao mesmo tempo o HDL, quando consumido café tipo Blend. Apesar de significativas, as alterações no perfil metabólico foram muito discretas. Seria muito difícil determinar a influência que o café tem no metabolismo lipídico dos indivíduos, mas talvez esse discreto aumento juntamente com algum efeito antioxidante pode contribuir para a redução de morte por doenças cardiovasculares como já foi observado em estudos epidemiológicos |