Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Lucilia Carvalho da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-20062023-122111/
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Resumo: |
Introdução: A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) feminina é considerada um problema significativo de saúde pública. A fisioterapia consiste em uma importante modalidade de tratamento conservador, porém, a aderência a longo prazo é uma de suas principais limitações. Além disso, o tratamento cirúrgico apresenta riscos relevantes. Desse modo, faz-se necessário investigar novas técnicas de tratamento. Objetivo: Comparar o uso do LASER e a fisioterapia no tratamento de mulheres na pós-menopausa com IUE. Métodos: Estudo piloto com 40 mulheres com diagnóstico clínico e urodinâmico de IUE, randomizadas em dois grupos: Er:YAG LASER aplicado em 3 sessões com intervalo mensal (n=20) e fisioterapia com supervisão, duas vezes por semana durante três meses (n=20). As pacientes foram avaliadas quanto à função do assoalho pélvico pela escala de Oxford Modificada e o grau de prolapso de órgão pélvico pelo POP-Q. Além disso, foram usados o pad test de 1hora e questionários de qualidade de vida (KHQ e IQOL). As pacientes foram reavaliadas em 1,3, 6 e 12 meses após completarem o tratamento. Resultados: Nenhum evento adverso importante foi relatado. Na análise da qualidade de vida, o IQOL apresentou melhora significativa em ambos os grupos (p < 0,05). Quando comparamos os momentos de tratamento em relação à avaliação inicial, notamos, no grupo Laser, melhora em todos os momentos, enquanto no grupo fisioterapia, a melhora foi observada aos 1, 3 e 6 meses, não se mantendo aos 12 meses. Na análise do KHQ, houve uma melhora significativa da qualidade de vida dos momentos avaliados, sem diferença significativa entre os grupos. A comparação da qualidade de vida inicial e ao longo do tratamento mostrou que, para alguns domínios, a melhora foi mais duradoura no grupo do LASER vaginal. O escore médio da escala de Oxford modificada aumentou de maneira significativa do pré-tratamento para 1 mês e 3 meses apenas no grupo de fisioterapia (p < 0,001 e p = 0,002 respectivamente) sem diferença média estatística entre os grupos. Na avaliação do pad test de 1 h, houve redução média significativa da gravidade da IUE no grupo Laser comparado com o grupo fisioterapia do pré-tratamento para 6 meses (p = 0,026) porém esse resultado não se manteve em 12 meses. A taxa de cura de acordo com o pad test aos 6 meses e em 12 meses, foi de 43,75% e 50% para mulheres no grupo fisioterapia e de 62,5% e 56,25% no grupo laser, respectivamente (p>0,05). Conclusões: A segurança dos tratamentos foi demonstrada e ambos apresentaram efeito positivo no impacto da incontinência urinária na qualidade de vida. Houve superioridade da técnica Laser na intensidade da perda urinária avaliada com o pad test em relação à fisioterapia em 6 meses da avaliação. A qual não persistiu em 12 meses. A funcionalidade do assoalho pélvico apresenta melhora num primeiro momento com a fisioterapia, não se mantendo nos demais momentos avaliados. O Laser pode ser uma opção terapêutica para IUE, porém é importante avaliar a necessidade de novas aplicações, bem como a combinação de tratamentos como laser e fisioterapia |