Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Rego, Filipe Ferreira de Almeida |
Orientador(a): |
Alcantara, Luiz Carlos Júnior |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4205
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Resumo: |
O HTLV-1 é o agente etiológico da ATL, HAM/TSP e outras perturbações inflamatórias. Alguns estudos tentam analisar as variações do HTLV-1 em diferentes fluidos corpóreos e seu impacto sobre a infecção pelo HTLV. A coinfecção HTLV/HIV-1 é associada com graves manifestações clínicas, imunodeficiência marcante e infecções oportunistas, bem como comportamento de risco. Salvador, capital do Estado da Bahia, Brasil, tem a maior prevalência para o HTLV-1 (1,74%) encontrada no país. Poucos estudos descrevem esta coinfecção em Salvador e áreas vizinhas, e muito menos investigam como estes vírus circulam ou avaliam a relação entre eles. Para descrever a epidemiologia molecular do HTLV-1 e as características da coinfecção HTLV/HIV-1 em mulheres, nós realizamos um corte transversal envolvendo 107 mulheres infectadas com HIV-1 do centro de referência da DST/HIV/AIDS, localizado na cidade de Feira de Santana. Amostras das pacientes foram testadas por ELISA e a infecção pelo HTLV confirmada usando o WB e PCR. A análise filogenética foi realizada nas seqüências LTR do HTLV para obter mais informações sobre a epidemiologia molecular e a origem deste vírus na Bahia. Quatro das cinco amostras reativas no ELISA foram confirmadas como HTLV-1 no WB e PCR e uma amostra confirmada como HTLV- 2. A soroprevalência da infecção pelo HTLV nestas mulheres foi de 4,7%, menor que o esperado, provavelmente pela baixa prevalência da infecção pelo HTLV esta área ou devido a medidas de controle de DST/AIDS implementadas desde a realização do estudo anterior. A análise filogenética da região LTR das quatro seqüências do HTLV-1 revelou que todos os isolados foram classificados como subgrupo Transcontinental do subtipo Cosmopolita e se agrupam no principal grupo latinoamericano, que possui um ancestral comum com isolados da África do Sul, sugerindo uma introdução pós Colombiana deste vírus na Bahia. A seqüência de HTLV-2 foi classificada como subtipo c, a variante brasileira do subtipo 2a. Também foi observado que quatro mulheres coinfectadas HTLV/HIV-1 apresentavam comportamento de risco, sendo duas por exposição parenteral, enquanto que duas eram profissionais do sexo, demonstrando que esta coinfecção é mais freqüente em grupos de risco. Para determinar a carga proviral em PBMC e células do lavado bucal um PCR em tempo real foi realizado e para analisar variações da região tax-LTR do HTLV-1 em indivíduos infectados uma nested-PCR da região tax-LTR do HTLV-1 em PBMC e células do lavado bucal, seguida por clonagem molecular, seqüenciamento de DNA e a análise computacional foram realizadas. A diferença entre as medianas da carga proviral foi significativa, comparando os indivíduos com provírus detectado em células lavado bucal (n = 8) e os 18 indivíduos sem provírus detectado em células lavado bucal (101278.5 vs 23290.0 cópias por 106 PBMC, p = 0.0245). A análise filogenética, comparando clones de lavado bucal e PBMC, não mostrou nenhum perfil clonal entre os indivíduos com carga proviral detectada em células do lavado bucal e também não mostrou significância estatística no teste de Hudson. A diversidade genética, entre os clones de PBMC e lavado bucal variou de 0,003 a 0,008. O perfil de sítios de modificação pós-traducional no fragmento de tax analisado foi equivalente entre os grupos analisados. Todas as seqüências analisadas foram classificadas como subgrupo transcontinental do subtipo Cosmopolita. |