Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Machado, Thaís Sodré de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-18052012-091249/
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Resumo: |
A osteocondrite dissecante (OCD) é uma doença que surge nos equinos durante a fase de desenvolvimento sendo caracterizada pela presença de fragmento osteocondral intra-articular. Pouco se sabe sobre a condição da articulação doente em animais mais velhos, principalmente nos casos assintomáticos, que são operados muitas vezes com a finalidade de comercialização posterior ou para impedir a progressão da doença. A finalidade deste estudo, portanto, foi analisar as articulações tíbio-társicas de equinos com idade superior a um ano apresentando OCD na crista intermédia da tíbia, e comparar animais saudáveis (grupo controle) com animais acometidos de OCD nas formas sintomática e assintomática, empregando análise física; contagem de células totais, dosagem de proteína total, análise de glicosaminoglicanos (GAGs) e da proteína oligomérica da matriz cartilagínea (COMP) no líquido sinovial; análise dos GAGs urinários e análise histológica da membrana sinovial e fragmento osteocondral. Os eqüinos utilizados foram divididos em três grupos. No Grupo I foram utilizados eqüinos clinicamente sadios, livres de doença na articulação tíbiotársica. Os Grupos II e III foram constituídos por animais portadores de OCD nas formas sintomática e assintomática respectivamente, atendidos e operados no Serviço de Cirurgia de Grandes Animais do Hospital Veterinário FMVZ-USP. A presença de sinais clínicos esteve mais relacionada com a presença de múltiplos fragmentos do que com a de fragmento osteocondral único, independente de seu tamanho. O sinal clínico mais observado nos animais do Grupo III foi a efusão articular. As principais alterações encontradas no líquido sinovial foram: o aumento na concentração de condroitim sulfato (CS) no Grupo II (P<0,01) e no Grupo III (P<0,001) em relação ao Grupo I; o aumento na concentração de ácido hialurônico associado à diminuição da viscosidade nos animais do Grupo III; e a redução na presença de fragmentos de alto peso molecular associado ao aumento de fragmentos de baixo peso molecular de COMP nos animais dos Grupos II e III. A análise dos GAGs urinários evidenciou aumento na proporção de CS nos animais dos Grupos II e III em relação ao Grupo I. Na análise histológica dos fragmentos osteocondrais foram observadas alterações na integridade da cartilagem articular, associada a proliferação de condrócitos e a redução na presença de proteoglicanos tanto no Grupo II como no Grupo III. As amostras de membrana sinovial do Grupo I apresentaram presença discreta de vilos e sinoviócitos. No Grupo II houve aumento moderado nas vilosidades sinoviais, e na maior parte das amostras avaliadas no Grupo III, além da presença moderada a severa de vilosidades sinoviais, foi observada proliferação intensa de sinoviócitos. Os resultados obtidos no presente estudo demonstram que a OCD na articulação tíbio-társica de equinos com idade superior a um ano representa processo ativo, com degradação da MEC da cartilagem articular, independente da presença de sinais clínicos, e que o tratamento cirúrgico é indicado, mesmo em animais assintomáticos, buscando interromper o processo de degradação cartilagínea e prevenir o desenvolvimento de doença articular degenerativa, particularmente em equinos que irão iniciar treinamento atlético esportivo. |