Cultura de tecidos e enxertia em Passiflora spp

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Baccarin, Mirian Nogueira Rodrigues Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20231122-100719/
Resumo: O presente trabalho objetivou estudar a propagação vegetativa do maracujazeiro, tanto via cultura de tecidos quanto via enxertia, No primeiro caso, preocupou-se em estabelecer condições para cultivo in vitro de explantes de Passiflora edulis f. flavicarpa Deg. (maracujá amarelo). A enxertia foi empregada visando estudar a compatibilidade de porta-enxertos para maracujá amarelo e maracujá guaçu Passiflora alata Ait.). Os explantes para cultivo in vitro foram retirados de plantas adultas e de plântulas de maracujazeiro amarelo. Foram feitos três ensaios, sendo que no primeiro, o meio de cultura foi o de NITSCH & NITSCH (1969), acrescido de 2 mg/l de cinetina. Observou-se que explantes retirados de plântulas não apresentaram problemas de contaminação interna, encontrando-se, ao contrário, grande percentagem de infecção em explantes provenientes de ramos de plantas adultas. No segundo ensaio foram testadas seis variações do meio Nitsch & Nitsch, utilizando-se explantes de maracujá amarelo com um ano de idade e mantidos em casa de vegetação, Verificou-se que meio básico sem fito-hormônios, permitiu pequeno crescimento dos explantes que cessou pronunciadamente ao final do primeiro mês de cultivo. Quando se acrescentou 6 BA (2 mg/l) ou 2 i-P (2 mg/l) houve desenvolvimento apenas de parte aérea. Ao se acrescentar 6 BA (0,5 mg/l) e IAA (1,0 mg/l) formaram-se pequenos callus e desenvolveu parte aérea. A combinação meio básico acrescida de cinetina (2 mg/l) e IAA (0,1 mg/l) apresentou formação de callus mais volumosos e menor desenvolvimento de parte aérea. Quando se acrescentou 2,4-D (3mg/l) e leite de côco (100 mg/l) houve formação de callus. No terceiro ensaio, os explantes que formaram callus nos seis tratamentos anteriores foram colocados em duas modificações do meio Nitsch & Nitsch contendo 6 BA (2 e 0,8 mg/l), GA3 (0,1 e 0,5 mg/l) e IAA (0,05 e 0,02 mg/l) acrescidos de biatina (0,5 mg/l). Não foram encontradas diferenças no desenvolvimento dos explantes quando foram utilizadas várias dosagens de fito-hormônios combinadas com biotina. Na propagação por enxertia (tipo inglês simples) foram plantadas as espécies maracujá amarelo, maracujá guaçu e maracujá-de-veado (Passiflora giberti N.E. Brown). Os porta-enxertos estavam com seis meses de idade. Os seguintes índices de pegamento foram observados: maracujá amarelo enxertado sobre maracuja-de-veado apresentou 65%, maracujá amarelo enxertado sobre maracujá guaçu 85%, maracujá guaçu sobre amarelo 90% e maracujá guaçu sobre maracujá-de-veado 65%. Maracujá amarelo e maracujá guaçu foram plantados como testemunhas. O delineamento estatístico empregado foi o de Blocos Inteiramente Casualizados, com 6 tratamentos e 4 repetições. Não foram observadas diferenças estatísticas entre os tratamentos, entretanto, observou-se que o maracujá-de-veado apresentou menor compatibilidade como porta-enxerto em relação ao maracujá amarelo e guaçu. Ao se plantar as mudas no campo observou-se que a combinação maracujá guaçu enxertado sobre maracujá-de-veado apresentou problemas de "quebramento" na região de enxertia. Já o maracujá amarelo mostrou-se suscetível à morte prematura de plantas, enquanto o maracujá-de-veado e maracujá guaçu foram tolerantes.