Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fiocco, Ketlin Elisa Thome Wenceslau |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08022017-123808/
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Resumo: |
Este trabalho é sobre a importância da oralidade enquanto gênero discursivo-textual para o ensino de Geografia na Educação Básica e sua relação com a leitura e a escrita. A problematização emergiu no contexto de nossa participação no Círculo de Pesquisa e Estudos das Fronteiras Teóricas para a Formação de Professores de Geografia, ligado ao LEMADI - Laboratório de Ensino e Material Didático - Departamento de Geografia, USP, coordenado pela Prof.ª Drª Maria Eliza Miranda e das investigações, reflexões e análises do nosso trabalho como professora na Rede Municipal de Ensino de São Paulo. O Ensino de Geografia não tem sido pensado a partir da centralidade da fala do aluno o que exige considerarmos a sua relação com a leitura e a escrita, por meio de interfaces e aproximações de fronteiras teóricas diversas, como a Teoria da Experiência de Aprendizagem Mediada, da Psicologia da Aprendizagem, da Linguística, da Filosofia da Linguagem e do paradigma da complexidade para uma compreensão para além dos aspectos comunicacionais, que contemple a aquisição de instrumentos psicológicos superiores mediados pela fala e, consequentemente o desenvolvimento de pensamentos por conceitos e a formação discursiva do aluno enquanto sujeito. Ainda que discussões de aspectos ligados ao processo de aprendizagem e uso da língua, como a importância da oralidade, sejam inicialmente desconhecidas por professores de Geografia, julgamos que sejam necessárias, pois se constituem como a plataforma mais efetiva de ensino e aprendizagem da própria Ciência, ao favorecer o desenvolvimento de níveis mais elevados de pensamento abstrato. Entretanto ao longo de nossa investigação e prática docente nos deparamos com lacunas e fragilidades de aspectos do processo de alfabetização que ainda persistem e acompanham alunos do Ensino Fundamental II, que estão relacionados diretamente com a oralidade. Diante dos resultados de avaliações externas sobre os níveis inadequados de proficiência dos alunos brasileiros podemos observar a implementação de programas e referenciais por meio de prescrições técnicas que oferecem aos professores poucos elementos de reflexão e ação para o enfrentamento do grave problema do analfabetismo escolar. Frente ao desafio de ensinar Geografia articulado ao desenvolvimento da oralidade concebida dentro de um contínuo com a leitura e a escrita buscamos por meio de uma perspectiva sociocultural de desenvolvimento humano novas análises que subsidiem prospecções de um ensino para além dos resultados de avaliações externas. Por conseguinte buscamos elaborar e aplicar conforme perspectiva encontrada em Schneuwly e Dolz (2010), a Sequência Didática de Geografia por gêneros discursivo-textuais O Brasil vai de quê?, a qual envolveu 77 alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II de uma escola pública. Ao analisarmos o Debate Regrado presente na Sequência Didática que tinha como objetivo inicial incentivar o protagonismo dos alunos e o desenvolvimento de uma postura crítica frente aos fenômenos espaciais estudados avançamos para a compreensão dos turnos de Debate como textos orais dos alunos e que necessitam de mediação específica pelo professor para que se tornem possibilidades reais de processos de reorganização e expressão de enunciados e de conceitos, levando-os juntamente com a leitura e a escrita a pensar de maneira contextualizada e complexa. |