Do narrar à beira da morte: uma leitura crítica de Malone Dies, de Samuel Beckett

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Brunette, Vinicius Cherobino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-25022019-105502/
Resumo: Publicado em 1956 em inglês, Malone Dies foi o segundo romance do que se convencionou chamar de trilogia de romances do pós-guerra de Samuel Beckett. O presente trabalho estuda como o narrador em primeira pessoa, Malone, cria, ao longo das mais de 120 páginas, um tipo de narrar diferente, recheado de incertezas com base na aporia e na memória em frangalhos, o que leva o leitor a um terreno pantanoso em que as antigas certezas do romance tradicional foram eliminadas. O objetivo desta dissertação está em explorar como a materialidade histórica tanto do período de produção do romance, a Segunda Guerra Mundial na França ocupada, quanto o da sua publicação, imediatamente após o encerramento do conflito, são pontos cruciais para esse novo tipo de narração desenvolvido por Samuel Beckett. Paralelamente, este projeto tenta dar a sua pequena contribuição ao movimento crítico de resgate empirista realizado por uma série de críticos beckettianos que, nos últimos anos, passaram a se focar na materialidade histórica da produção do romancista e enfrentar a ideia até então consensual de que Samuel Beckett era um autor a-histórico e focado apenas em questões metafísicas.