Estudo exploratório dos fatores que afetam a distribuição de renda nas microrregiões homogêneas do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Moreira, Rildo Moreira e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20231122-100749/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi determinar os fatores que afetam a desigualdade da distribuição da renda e a pobreza absoluta. Para tanto foram ajustados diversos modelos de regressão a partir dos dados de 332 Microrregiões Homogêneas do Brasil, relativos a 1980. As variáveis usadas neste trabalho podem ser agrupadas de acordo com suas características: (a) indicadores da distribuição da renda familiar; (b) indicadores da distribuição da escolaridade; (c) outros indicadores (distribuição da posse da terra, porcentagem da PEA alocada segundo setor de atividade e sexo e urbanização). Reconhecendo a influência das variações regionais sobre a desigualdade da renda, as 332 MRH foram agrupadas em seis regiões: Nordeste exclusive Bahia, Bahia, Sudeste exclusive São Paulo, São Paulo, Sul e Centro Oeste. O modelo de regressão foi ajustado separadamente para cada uma das seis regiões. Para captar as diferenças regionais em uma regressão com as 332 MRH, foram introduzidas no modelo 5 variáveis binárias. Para a determinação dos fatores que afetam a renda e a pobreza utilizou-se a análise de regressão linear múltipla e a correlação simples das variáveis. Os resultados mostraram que a renda e a escolaridade nas 332 MRH possuem muitas características em comum. De forma geral, as medidas de tendência central para as duas distribuições são baixas para o Nordeste e relativamente altas para as regiões Sul e Sudeste. As medidas de pobreza e de desigualdade são altas para o Nordeste e relativamente baixas para o Sul e Sudeste do país. A região Centro-Oeste apresenta valores intermediários para as variáveis de renda e escolaridade. As duas distribuições apresentam clara assimetria à direita. A distribuição da posse da terra mostrou valores sempre elevados para as medidas de desigualdade, além de uma fortíssima assimetria à direita. Pelas regressões ajustadas pode-se afirmar que a renda média, o quadrado da renda média, índice de Gini da escolaridade, densidade demográfica e a porcentagem da PEA que trabalha na prestação de serviços, além das variáveis binárias são aquelas com maior poder de explicação sobre a desigualdade de renda. Para a pobreza absoluta, as variáveis explanatórias mais relevantes são renda média, quadrado da renda média e índice de Gini da renda. Os resultados dão suporte à hipótese de Kuznets. Entretanto, apenas o ramo ascendente da parábola formada pelas variáveis renda média e quadrado da renda média nas regressões de desigualdade da renda é evidenciado.