Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Luzzi, Thiago Emanuel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-14112017-181405/
|
Resumo: |
O presente trabalho tem como objeto/corpus analisado a pornografia online, e tem como objetivo responder às questões: \"como é o gênero discursivo do pornô online?\" e \"onde se pode reconhecer a produção de subjetividade no dispositivo pornô online?\". As perguntas foram formuladas a partir do repertório conceitual minimalista da Análise Institucional do Discurso (AID), criada por Marlene Guirado; a AID é o método, a estratégia de pensamento que orienta o trabalho e o instrui acerca dos conceitos de discurso, gênero discursivo, instituição e subjetividade. Para realizar a pesquisa, procedemos em três etapas: (1) análise de sites; (2) análise de vídeos; e (3) análise de comentários de usuários. Cada etapa corresponde a um tipo de recorte para o material. No primeiro caso, decidimos seguir a estrutura de XVideos.com, cotejando-a pontualmente com as de oito outros sítios; no segundo, escolhemos um vídeo heterossexual \"profissional\" chamado Sex Instruction, podendo confrontá-lo com materiais de categorias diferentes (gay, amador etc.); na terceira etapa, observamos os comentários escritos anonimamente para os vídeos antes analisados, e para alguns outros. Como resultados, quanto ao gênero discursivo, vimos que o site define seu usuário como alguém que sabe aquilo por que se interessa, e procura ativa e responsavelmente o \"sexo explícito\"; essa posição de autonomia não se sustenta no interior do vídeo, onde prevalece o interesse da câmera e a imagem de um corpo muito peculiar, ali composto. Já quanto à questão do sujeito, pudemos ver que o site desenha um usuário que é assediado pelas imagens pornográficas, interpelado até mesmo como corpo sexual que pode ser comparado com aqueles do pornô; o sujeito é produzido como alguém que pode participar do pornô e de um apagamento que ele opera nas \"pessoas\", que acabam dissolvendo-se na atmosfera de êxtase incessante, na figura corporal pornográfica e até na linguagem utilizada no site. Conclui-se daí que o pornô online, embora prometa uma subserviência eficiente aos desejos de seu usuário, é uma instituição que absorve os consumidores em seu funcionamento, estabelecendo lugares discursivos, moldando subjetividades e instituindo concepções propriamente pornôs de corpo, de sexo e de comunidade |