Propriedades Estruturais de Dispersões Lipídicas Carregadas de Dimiristoil Fosfatidilglicerol: Variações com a Temperatura e Força Iônica do Meio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Riske, Karin do Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43133/tde-05082013-145648/
Resumo: A dependência com a temperatura da intensidade de luz espalhada por dispersões aquosas do lipídio aniônico DMPG (dimiristoil fosfatidilglicerol) foi estudada para diferentes forças iônicas. A transição principal, gel - líquido cristal, pode ser bem monitorada por um decréscimo abrupto na turbidez. Como esperado, a temperatura da transição de fase principal (Tm) aumenta com o aumento da força iônica. Para baixa força iônica, uma segunda transição com a temperatura para o DMPG, chamada de pós-transição, pode ser monitorada tanto por um aumento no espalhamento de luz quanto por um decréscimo na condutividade. Análises de Zimm plot indicam que abaixo de Tm os lipossomos tendem a se agregar, resultando em um segundo coeficiente de virial, A2, negativo, e em uma grande massa molecular da partícula. Na transição de fase, juntamente com uma diminuição na turbidez, ocorre um aumento na condutividade da amostra, A2 torna-se positivo e a massa molecular da partícula diminui, indicando um estado não agregado. Além disso, na pós-transição (Tp) A2 torna-se muito pequeno, e a massa molecular aumenta novamente. Ambas as transições são reversíveis. Opostamente à transição principal, a pós-transição não pôde ser detectada por marcadores de spin situados tanto na superfície da membrana quanto em seu interior. Considerando um aumento na área por cabeça polar do lipídio após a transição principal, e o modelo de Stern-Gouy-Chapman, foi possível mostrar que a transição causa um aumento no grau de dissociação da vesícula, aumentando portanto a concentração de íons em solução. Entretanto, dentro da estrutura desse modelo simples, foi necessário considerar diferentes constante de associação Na+-DMPG nas fases gel e líquido cristal, para explicar um aumento na repulsão entre as vesículas com a transição principal. Os mecanismos que governam a pós-transição são ainda menos claros.