O papel do flúor sobre linhagens de células osteoblásticas de camundongos com densidades ósseas distintas: estudos em MC3T3-E1, C3H/HeJ e C57BL/6J

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Gasque, Kellen Cristina da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-03042013-162750/
Resumo: Sabe-se que o flúor causa alterações químicas e celulares no osso, dependendo da dosagem e do tempo de exposição a esse elemento. Já foi demonstrado que alterações clínicas importantes, como a osteoporose, osteopetrose e esclerose óssea, podem ser geradas pela ingestão de flúor. Sabe-se que o flúor pode guiar os osteoblastos ao crescimento, sob doses e tempos de exposição específicos. A sensibilidade dos tecidos mineralizados ao fluoreto responde a mecanismos genéticos inerentes a cada população. Dentro de uma mesma espécie, diferentes linhagens apresentam um comportamento distinto frente a esse fármaco. Durante várias décadas, os estudos com fluoretos resumiram-se ao fluoreto de sódio, amplamente utilizado na prevenção das cáries dentárias. Recentemente, outras fontes de fluoretos como TiF4 e SnF2 têm sido buscadas, com intuito de potencializar as vantagens desse elemento. Porém não existem estudos ainda sobre o efeito do AlF3 sobre o tecido ósseo até a presente data. Desse modo, achamos oportuno investigar seu papel, quando administrado a células ósseas e para tal, investigamos a viabilidade e padrão de atividade das fosfatases desse sal (AlF3) quando administrado às células da linhagem pré-osteblástica MC3T3, em comparação ao NaF. Além disso, sabendo que diferentes células apresentam comportamento distinto ao tratamento com fluoretos, estudamos o papel do NaF quando administrado a duas linhagens celulares de camundongos com densidades ósseas distintas e com diferentes susceptibilidades ao fluoreto: C3H/HeJ e C57BL/6J (C3H e C57, alta e baixa densidades ósseas, respectivamente). As células também foram avaliadas quanto à viabilidade celular e ao perfil das fosfatases. Todos os resultados foram submetidos à Análise de Variância a três critérios e nos permitiu identificar que entre os sais de fluoreto, apenas o NaF promoveu alterações na viabilidade celular das células MC3T3. O AlF3 não exerceu influência na atividade da fosfatase alcalina quando consideramos as células pré-osteoblásticas, no entanto, o efeito desse fluoreto sobre a atividade das fosfatases ácidas totais e ácida resistente ao tartarato ocorre de modo dicotômico. Quando consideramos uma população celular heterogênea, coletada de calvária, como foi o caso das linhagens C3H e C57, verificamos que o NaF interferiu tanto sobre a proliferação, quanto a atividade das fosfatases de modo bastante distinto para ambas linhagens celulares. Assim concluimos que o NaF é capaz de exercer efeitos mais diversificados em diferentes tipos celulares, alterando viabilidade celular e atividade de enzimas; em contrapartida, o AlF3 produz efeitos mais especifícos e delimitados em pré-osteoblastos.