Eficácia do agulhamento a seco no incômodo do zumbido crônico em portadores de pontos gatilhos miofasciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Campagna, Carla Alexandra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-11032020-095221/
Resumo: O zumbido pode ser definido como percepção de som nas orelhas ou na cabeça na ausência de fonte sonora externa. Estudo recente feito na cidade de São Paulo detectou que a prevalência de zumbido é de 22% da população. É um sintoma comum decorrente de várias etiologias. A suspeita de zumbido do tipo somatossensorial ocorre toda vez que a contração ativa ou a passiva da musculatura da cabeça e ou do pescoço for capaz de modular as características psicoacústicas (intensidade, frequência, localização) deste sintoma. O fenômeno decorre de disfunção na rede de conexões neurais entre as vias auditivas e proprioceptivas. O tratamento do zumbido somatossensorial pode ser realizado de diversas formas, incluindo a melhora dos pontos gatilhos miofasciais (PGM). O agulhamento a seco (AS) é uma das estratégias terapêuticas que podem ser usadas, ainda que não tenha sido testado para o tratamento do zumbido. OBJETIVO: Avaliar a eficácia do AS no tratamento do zumbido crônico somatossensorial em portadores de PGM. MÉTODOS: O AS foi feito com a inserção de uma agulha longa e fina via intramuscular, após avaliação física e determinação dos músculos a serem tratados. O estímulo mecânico da agulha foi usado como um agente físico para desfazer os PGM. Todos os pacientes foram submetidos a 1 sessão semanal, por 4 semanas consecutivas, de AS placebo, seguida de intervalo de 15 dias (\"washout\") e de 1 sessão semanal, por 4 semanas consecutivas, de AS terapêutico. As variáveis de mensuração usadas para medir o grau de incômodo do zumbido foram: Escala Visual Analógica do zumbido (EVAz) e questionário THI (\"Tinnitus Handcap Inventory\"). Para avaliar a dor muscular, foram utilizados Escala Visual Analógica da dor (EVAd) e NDI-BR. O dispositivo Neutone® foi usado para medir a tensão muscular. RESULTADOS: Pacientes com zumbido somatossensorial e PGM apresentaram redução significantemente maior no escore total do THI e no domínio emocional do THI, após AS terapêutico do que AS placebo. A EVAz reduziu-se significantemente ao analisarmos o pré e o pós-procedimento do grupo AS terapêutico. Apesar de não ter havido diferença estatística entre AS terapêutico comparado ao AS placebo, observou-se tendência para tal. CONCLUSÃO: A técnica de AS terapêutico para PGM em pacientes com zumbido crônico de origem somatossensorial foi eficaz na redução do THI (escore total e domínio emocional) e da EVAz