Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1987 |
Autor(a) principal: |
Voll, Elemar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-162442/
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Resumo: |
Com o objetivo de avaliar os efeitos do manejo da resteva de trigo (Triticum aestivum L.) cv. McNair 1813, do preparo do solo e do uso de herbicidas, no controle de plantas daninhas na cultura da soja [Glycine max (L.) Merr.] cv. Ramson, foram conduzidos experimentos de campo em Clayton e Rocky Mount, Carolina do Norte, EUA, em 1981 e 1982. Os tipos de solo nos respectivos locais foram Wagram barro-arenoso, com 2% de matéria orgânica (m.o.), e Dunbar arenoso, com 1% de m.o. Os tratamentos de manejo da resteva foram: permanência, queima, remoção e remoção com reposição; os de preparo de solo: plantio direto (PD) e cultivo mínimo (CM), este com duas gradagens de 10 cm de profundidade; e os herbicidas de manejo: paraquat a 0,56 kg/ha mais surfactante a 0,2% v/v e glyphosate a 1,08 kg/ha. Foram usados os herbicidas residuais alachior e linuron em todos os tratamentos, exceto em tratamentos extras de paraquat e demais grupos de variáveis já citados. Foi usado o delineamento blocos casualizados, em fatorial 4x2x2, com quatro repetições. Produções de soja foram iguais sob diferentes manejos da resteva de trigo, em condições normais de população. Reduções significativas de população e de produtividade da soja ocorreram com a queima da resteva, quando coincidiu com período seco de plantio, e quando foi deixada a resteva em solo com alto teor de umidade. Não houve diferenças na produção de soja entre PD e CM, sob semelhantes populações de plantas. As produções foram maiores com paraquat do que com glyphosate. Nas avaliações visuais de controle das espécies daninhas, em pré-plantio da soja, não foram observadas diferenças entre glyphosate e paraquat. As combinações destes com a mistura de alachior e linuron controlaram Digitaria sanguinalis, Chenopodium album, Ambrosia artemisiifolia, Mollugo verticillata e Amaranthus spp., não controlando Cyperus esculentus, Ipomoea spp, e Triticum aestivum. A queima da resteva reduziu a Infestação de T. aestivum aumentando a de A. artemisiifolia, D. sanguinalis e M. verticillata, sugerindo quebra de dormência das sementes. Deixar a resteva, sem alachior e linuron, reduziu D. sanguinalis e M. verticillata; C. album e A. artemisiifolia foram reduzidas com a queima, em ano seco de plantio; Amaranthus spp. e C. esculentus não foram afetadas pelo manejo da resteva, ocorrendo tendências para redução das infestações de lpomoea spp. com a sua permanência. O PD reduziu as Infestações nas demais espécies daninhas sob qualquer manejo de resteva, com excessão de C. esculentus, reduzida pelo CM. Interações de manejo da resteva e do solo resultaram em maiores infestações de A. artemisiifolia em PD, com todos os manejos da resteva, exceto com a sua queima, aumentando a infestação no CM. Esses resultados permitem concluir que: 1) a queima da resteva de trigo restringiu o estabelecimento da cultura da soja em período seco e a permanência da resteva foi prejudicial á soja em solos com alto teor de umidade; ambas as situações comprometeram a germinação da soja: e, 2) o manejo da palha e do solo podem contribuir, juntamente com o uso de herbicidas, para o controle de plantas daninhas na cultura da soja. |