Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Priscila Nina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-23072021-155238/
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Resumo: |
O espartilho é objeto de uma nova experiência feminina, vinculada à modernidade. Ele expressa diferentes tensões e cria e sustenta novas formas de sociabilidade. Entre o final do século XIX e início do século XX, o espartilho circulava no corpo de mulheres, era exibido em lojas, vitrines e ateliês de costura, era divulgado em anúncios publicitários e revistas ilustradas e representado em romances, pinturas, charges e filmes. Nos centros urbanos brasileiros, muitas mulheres se envolveram com seu uso, seja como consumidoras, fabricantes ou vendedoras. A partir do estudo desse artefato, buscamos compreender aspectos do processo de modernização brasileira no período compreendido entre 1889 e 1929, tendo como foco a construção de uma intimidade burguesa no país. Defendemos que o espartilho foi agente na construção da intimidade feminina, delimitada simultaneamente como uma relação entre o indivíduo e o corpo e as esferas pública e privada, pautada por cuidados singulares e uma série de normatizações. Essa noção de intimidade se associa a um ideal de feminilidade, à sexualização e exibição do corpo feminino, a tensões entre individualidade e massificação, à diferenciação de gênero, à ritualização do cotidiano, à especialização e transformação corporais, ao avanço tecnológico e ao ambiente doméstico e urbano. |