Avaliação de consumo e preferência de álcool após procedimentos de indução de dependência em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Soares, Marina Barbara Bastos Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-20072017-155322/
Resumo: Vários procedimentos de indução ao alcoolismo em ratos têm sido desenvolvidos com a finalidade de produzir padrões de consumo de álcool. Muitos deles parecem ser eficientes em garantir a ingesta voluntária de altas doses de álcool por certo período de tempo, indicando a possibilidade de serem eficientes em induzir dependência de álcool de acordo com critérios como (aumento e escalada do consumo de álcool, sintomas de abstinência, comportamento de autoadministração resistente a punição). Entretanto, autores da Análise do Comportamento apontam que a dependência não seria considerada uma doença crônica, nem é apenas produto da ingesta da droga, mas seria fruto de processos comportamentais de escolha e que seria melhor descrita pela preferência pela droga sobre outros reforçadores concorrentes. O presente trabalho teve como objetivos avaliar e comparar os padrões de autoadministração e preferência por álcool de ratos submetidos a três procedimentos de indução de dependência reconhecidos pela literatura. No primeiro experimento o objetivo era a indução e avaliação da dependência de álcool por meio do procedimento de intubação intragástrica. Após realização de treino operante, os animais foram submetidos ao procedimento de intubação intragástrica, tal procedimento consistiu na infusão gástrica de solução de etanol 17,8 ml/kg, os animais receberam 10g/kg/dia. No segundo experimento o objetivo foi a indução a dependência de etanol por meio do procedimento operante em que os animais eram submetidos a sessões com duração de 14 horas cada, durante três vezes por semana. O esquema operante em vigor era CRF etanol 20% (v/v). No terceiro experimento foi realizado o procedimento de indução operante, em que, inicialmente, os animais respondiam a uma esquema CRF etanol 20% (v/v) durante 30 minutos diários.Depois dos procedimentos de indução os animais de cada experimento foram expostos a diferentes procedimentos de avaliação da escolha por etanol. No primeiro experimento, após a primeira fase de intubação intragástrica, os animais foram expostos a um esquema operante concorrente CRF etanol 10% (v/v) - CRF sacarose 14,7% (w/v). Na segunda fase do primeiro experimento, os animais foram expostos a um esquema operante concorrente FR2 etanol 10% (v/v) FR2 sacarose 14,7% (w/v). No segundo experimento, foram realizadas duas fases para mensuração da preferência por etanol: a primeira consistiu em um esquema concorrente FR3 etanol 20% (v/v) FR2 água; o segundo consistiu em um esquema operante FR3 etanol 20% (v/v) - FR3 sacarina 0,25% (w/v). No terceiro experimento, a mensuração da preferência por etanol se deu por meio de dois esquemas operantes concorrentes, o primeiro foi CRF etanol 20% (v/v) CRF água, e o segundo foi CRF etanol 20% (v/v) CRF sacarina 0,25% (w/v). Os animais consumiram doses ativas de etanol em todos os experimentos, entretanto, não apresentaram preferência por etanol quando este esteve concorrente à água, à sacarose 14,7% ou à sacarina 0,25%