Avaliação do assoreamento no reservatório do Lobo - Itirapina/SP: comparação entre os levantamentos batimétricos de 2010 e 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barbosa, Mariana Abibi Guimarães Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-13052019-165712/
Resumo: Os reservatórios são causas significativas de alterações no ciclo hidrossedimentológico e, ao mesmo tempo, sofrem grandes impactos por efeitos de retroalimentação. A intensificação do processo de deposição de sedimentos com a presença de reservatórios gera impactos no ecossistema da bacia e no próprio reservatório, que pode ter sua capacidade reduzida pelo assoreamento. Neste contexto, a Agência Nacional de Águas (ANA) estabelece orientações para a atualização da curva Cota x Área x Volume (CAV), por meio da Resolução Conjunta ANEEL/ANA nº 03 de 2010, que visa monitorar as condições de assoreamento dos reservatórios; e pode subsidiar o gerenciamento dos recursos da bacia hidrográfica. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar o assoreamento e gerar nova curva CAV para o reservatório do Lobo – Itirapina/SP – a partir da comparação entre as batimetrias realizadas nos anos 2010 e 2018. O levantamento batimétrico de 2018 seguiu as recomendações da resolução citada, bem como os procedimentos realizados em 2010, a fim de se obter uma comparação entre dados de metodologias coincidentes. A coleta de dados foi feita a partir de 3 principais dispositivos: ecobatímetro, Differential Global Positioning System (DGPS) Real Time Kinematic (RTK) e software de levantamento hidrográfico. Em seguida, o processamento dos dados gerou mapas indicadores de áreas de assoreamento e volumes correspondentes. A atualização da curva CAV a partir dos dados finais encontrados mostra que o reservatório não sofreu perdas significantes de volume, sendo o volume em 2010 igual a 23,9 hm3 e, em 2018, 23,8 hm3, correspondendo a uma perda de 0,4% em volume. Diferentes ferramentas utilizadas no processamento dos dados possibilitaram a discretização da comparação entre os volumes, sendo possível identificar o volume de 2018 que se encontra abaixo ou acima da superfície de referência 2010. O volume localizado abaixo da referência representa 1,3% do volume total e o volume localizado acima, que indica áreas assoreadas, representa 1,7% do volume total. Assim, este trabalho pode contribuir com considerações sobre diversos fatores que podem alterar resultados de comparações de batimetrias, seguindo esta metodologia. As considerações sobre a configuração dos equipamentos e sobre as recomendações da Resolução nº 03 de 2010 são relevantes na busca por resultados cada vez mais precisos na análise do assoreamento de reservatórios. Logo, espera-se que este resultado possa servir como contribuição em futuros estudos relacionados à análise de assoreamento por meio de comparação de batimetrias; e possa auxiliar o planejamento e gestão dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do ribeirão do Lobo.