Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Setubal, Robberson Bernal |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-01072024-103704/
|
Resumo: |
Strychnos (Loganiaceae: Gentianales) é um gênero de plantas lenhosas predominantemente lianescente, menos frequentemente na forma de árvores ou arbustos. Possui ca. 200 espécies distribuídas em todas as regiões tropicais do globo, eventualmente com algumas espécies em regiões subtropicais. Sua importância econômica se deve principalmente ao metabolismo secundário de alcaloides tóxicos utilizados para a caça, pesca, controle de roedores e outras pragas, além do envenenamento humano. Dentre essas moléculas, destaca-se a estricnina, um alcaloide terciário de ação convulsiva e letal, extraído das sementes de S. nuxvomica, uma espécie de árvore que ocorre no sudeste da Ásia. Entre as espécies americanas e africanas, o princípio ativo mais conhecido são os alcaloides quaternários de ação relaxante-muscular paralisante extraídos de cascas de troncos e raízes de algumas espécies de Strychnos e utilizados como ingredientes primários ou secundários do veneno curare, usado em flechas e dardos por populações tradicionais. Parte dessas moléculas também possui propriedades farmacológicas de uso terapêutico, enquanto algumas espécies são utilizadas na alimentação humana, dentre outras inúmeras aplicações etnobotânicas. Muitos pesquisadores nomearam e descreveram centenas de espécies de Strychnos desde a descrição do gênero por Linnaeus. No século XX, destacam-se os trabalhos do botânico russo Boris A. Krukoff (1898-1893) especialista em Strychnos americanas, o holandês Anthonius J. M. Leeuwenberg (1930-2010) em Strychnos africanas, e o escocês Norman G. Bisset (1925-1993) para Strychnos asiáticas. Após a morte desses pesquisadores, foram publicados apenas levantamentos florísticos com enfoque regional sobre Strychnos, carecendo a realização de novos estudos sistemáticos e análises filogenéticas. Além disso, muitos dos taxa já publicados em Strychnos ainda continuam com sua posição e status taxonômicos incertos. Dessa forma, o presente trabalho busca preencher parte dessa lacuna, trazendo resultados sobre: a filogenia de Strychnos em nível global com base em caracteres moleculares de 103 espécies e que suporta o gênero como monofilético; a revisão taxonômica e nomenclatural de um grupo infragenérico americano e monofilético (Strychnos sec. Breviflorae subsec. Eriospermae); e o esclarecimento nomenclatural de S. bredemeyeri e do gênero Lasiostoma (um dos sinônimos de Strychnos). Esperamos com esses resultados motivar uma nova geração de pesquisadores para a realização de estudos morfológicos, anatômicos, biogeográficos, evolutivos, dentre outros aspectos chave sobre o gênero. |