Produção e caracterização de amidos e farinhas de Tubérculos Andinos: mashua (Tropaeolum tuberosum) e olluco (Ullucus tuberosus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Camarena, Denisse Esther Mallaupoma
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-12072016-152357/
Resumo: Este trabalho teve como objetivo a produção e caracterização de farinhas e amidos de mashua (M) e olluco (O) originários da cidade de Tarma (Peru). As farinhas foram produzidas por moagem seca e passagem em peneiras de 45, 120 e 400 mesh Tyler. Os amidos foram isolados a partir dos tubérculos por moagem úmida. As farinhas e os amidos foram caracterizados em função da distribuição do tamanho de partículas (por difração a laser com espalhamento estático de luz), composição centesimal, morfologia (por microscopia eletrônica de varredura - MEV), cristalinidade, propriedades térmicas (por termogravimetria - TG e calorimetria diferencial de varredura - DSC), e espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). As farinhas de mashua e olluco também foram caracterizadas em função da cor, atividade antioxidante, teor de fenólicos totais, antocianinas, betaxantinas, betacianinas e carotenoides totais. As frações de farinhas de mashua e olluco apresentaram tamanhos médios de partícula na faixa de 37,9 a 273,6 ?m, e 31,7 a 274,4 ?m, respectivamente. A fibra e o amido foram os principais componentes das farinhas de mashua e olluco, sendo que a fibra encontra-se em maior concentração na fração mais grossa e o amido, na fração mais fina, independente da espécie de tubérculo. Os amidos dos tubérculos apresentaram padrão de cristalinidade tipo B, avaliados por difração de raios-x (DRX). Na mashua, os formatos dos grânulos foram ovais e esféricos com distribuição polimodal de tamanho de partículas com diâmetros médios das populações entre 1,7 e 31 ?m. Os grânulos de amido de olluco foram maiores (1,9 - 92,3 ?m) com formatos mais assimétricos e irregulares. Com o refino das farinhas, houve um aumento no índice de cristalinidade das frações de farinhas para ambos os tipos de tubérculos sendo quase semelhante aos amidos isolados. O amido de mashua apresentou menor temperatura de pico de gelatinização (60oC) do que o olluco (64,7oC). A cor, atividade antioxidante, teor de compostos fenólicos totais, antocianinas, betaxantinas, betacianinas e carotenoides variaram em função da granulometria das farinhas e/ou do tipo de tubérculo. Conclui-se que o refino das farinhas influenciou no teor de amido, amilose, fibras, cristalinidade, xix estabilidade térmica, cor e teor de compostos antioxidantes. Devido ao seu alto teor de amido e compostos bioativos estas farinhas podem ser usadas como aditivos na indústria de alimentos e farmacêutica, ou para produção de filmes com possíveis propriedades bioativas.