Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Basso, Alexandre Salgado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-21062007-093046/
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Resumo: |
Embora alguns estudos tenham considerado a possibilidade da existência de uma relação direta entre alergia alimentar e alterações de comportamento, são escassas as evidências que sustentem esta hipótese. Relatamos neste trabalho que, após desafio oral com o antígeno, camundongos sensibilizados com ovalbumina (OVA) apresentaram maiores níveis de ansiedade, maiores níveis séricos de corticosterona e aumento da imunorreatividade para Fos no núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN) e no núcleo central da amígdala (CeA), áreas cerebrais relacionadas com emotividade. Os neurônios ativados pela alergia alimentar no PVN e no CeA são capazes de produzir fator liberador de corticotrofina (CRF). Os dados também demonstraram que a alergia alimentar leva à ativação do núcleo do trato solitário (NTS). Além disso, observamos que animais imunizados com OVA desenvolveram aversão à ingestão de uma solução contendo clara de ovo. Um tratamento com anticorpo anti-IgE ou a indução de tolerância oral bloquearam tanto o desenvolvimento da aversão à dieta contendo o antígeno quanto a expressão de c-fos no sistema nervoso central (SNC). Para investigar o modo pelo qual se dá a comunicação entre o cérebro e o intestino de animais com alergia alimentar, tratamos camundongos neonatalmente com capsaicina visando a destruição de fibras sensoriais do tipo C. O tratamento com capsaicina, embora não tenha impedido o desenvolvimento da aversão, diminuiu a sua magnitude. Ademais, este tratamento bloqueou completamente a ativação do PVN e diminuiu a expressão de c-fos induzida pela alergia alimentar no núcleo do trato solitário (NTS). Contudo, o tratamento com capsaicina não modificou a imunorreatividade para Fos no CeA de animais imunizados desafiados por via oral com o antígeno. Estes resultados demonstram claramente que a alergia alimentar influencia a atividade do SNC e o comportamento animal. Além disso, os dados obtidos evidenciam a participação de mecanismos dependentes de IgE e das fibras do tipo C na comunicação entre cérebro e o intestino de animais com alergia alimentar. De modo geral, além de enfatizar a relevância da integração entre os sistemas imune e nervoso na elaboração de respostas adaptativas, este estudo fornece subsídios para uma melhor compreensão de possíveis desordens de natureza psicológica em pacientes alérgicos. |