Ativação de proteína mitocondrial desacopladora e oxidase alternativa em tubérculos de batata armazenados sob refrigeração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Calegario, Fagoni Fayer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20210104-201651/
Resumo: Uma proteína mitocondrial desacopladora de plantas (PUMP), possivelmente envolvida em produção de calor em vegetais, foi isolada, reconstituída em lipossomos e clonada (Vercesi et al., 1995; Maia et al., 1998). Com o objetivo de investigar um possível papel termogênico da PUMP em tecidos intactos, avaliamos a atividade respiratória de tubérculos de batata (Solanum tuberosum L., cv. Bintje) inteiros armazenados por dez dias a 5±1°C e 25±2°C. Essas taxas foram comparadas com a atividade e expressão da PUMP e com a capacidade da proteína oxidase alternativa (AOX) em mitocôndrias isoladas destes tecidos. Um sistema de análise em fluxo acoplado a um detetor condutométrico de CO2 foi construído visando medir a taxa respiratória de tubérculos inteiros. O método foi testado utilizando-se frutos do tomateiro e mostrou-se capaz de fornecer resultados precisos, a baixo custo. A taxa de produção de CO2, medida a 20°C, nos tubérculos de batata caiu rapidamente de 13 a 8 mg kg-1 h-1 durante os dois primeiros dias de armazenamento a 25±2°C e diminuiu lentamente de 8 a 6,5 mg kg-1 h-1 durante os 7 dias seguintes. Em contraste, a evolução de CO2 das batatas armazenadas a 5±1°C não se alterou significativamente no primeiro dia, subiu para 14,5 mg kg-1 h-1 durante os 2 dias seguintes e então diminuiu para cerca de 12 mg kg-1 h-1 nos 7 dias seguintes. A atividade respiratória mais alta dos tubérculos intactos armazenados a 5±1°C foi associada a um aumento na expressão da PUMP, evidenciado na imunodetecção desta proteína, e a aumentos de 44% na atividade da PUMP e de cerca de dez vezes na capacidade da AOX, estimados pelo consumo de oxigênio mitocondrial. Conclui-se que a refrigeração causou aumento da taxa respiratória em tubérculos inteiros associado a aumentos na atividade e expressão da PUMP e na capacidade da AOX em mitocôndrias isoladas.