Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Leticia Pimenta |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-29082011-145348/
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Resumo: |
A vacinação é o método mais importante, barato e eficaz que se tem para a prevenção da transmissão do vírus da hepatite B (VHB). A vacina é indicada para indivíduos renais crônicos devido ao risco acrescido para aquisição do VHB durante a hemodiálise e a transfusão de sangue ou derivados. É indicado que a vacina seja administrada o mais precocemente possível ao entrar no programa de diálise, enquanto os indivíduos são bons respondedores. Este estudo teve como objetivo avaliar o monitoramento do anticorpo anti-HBs vacinal contra a hepatite B em pacientes renais crônicos, que iniciaram hemodiálise no ano de 2005 e permaneceram em seguimento por até quatro anos, em Ribeirão Preto-SP. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, desenvolvido em quatro unidades de hemodiálise que atendiam indivíduos portadores de DRC na cidade de Ribeirão Preto. A fonte de informação foi composta pela revisão de prontuários de saúde e a população do estudo foi constituída por 102 indivíduos renais crônicos. Dos 102 (100%) participantes, 58,8% eram do sexo masculino e a faixa etária predominante foi <= 45 anos; 52,3% foram a óbito; 18,5% foram submetidos a transplante renal; 20% transferidos; e, em 9,2% dos casos, as razões da interrupção do seguimento não estavam descritas nos prontuários. A proporção de indivíduos que receberam o esquema vacinal completo contra hepatite B foi de 35,3%; em 94,4% dos indivíduos, o tipo de esquema vacinal realizado foi de três doses de 40 mcg e, em 5,6%, o de quatro doses de 40 mcg; o esquema vacinal foi realizado antes do início da hemodiálise em 13,9% dos indivíduos. Em relação à realização da dose de reforço da vacina, 16,7% receberam-na, e o número de doses variou de uma a três doses. A taxa de soroconversão da vacina contra hepatite B, nos hemodialisados que receberam o esquema vacinal completo, foi de 72,2%. Quanto ao teste anti-HBs, no período da admissão na unidade de hemodiálise, 29,4% dos pacientes possuíam registros desse teste. Os títulos de anti-HBs não foram realizados semestralmente em 62,7% dos indivíduos. Ao avaliar a persistência da imunidade da vacina contra hepatite B nos hemodialisados, 39,2% dos indivíduos permaneceram com os títulos de anti-HBs sempre reagentes ao longo do estudo, sendo, portanto, respondedores à vacina contra hepatite B. Conclui-se que a análise dos dados permitiu evidenciar índices insatisfatórios da vacinação contra hepatite B durante o tratamento hemodialítico, bem como dificuldades em seguir o protocolo com esquema vacinal implementado, realização de doses reforço e solicitação de sorologia para anti-HBs. Desta forma, identifica-se a necessidade da equipe de profissionais que atuam em unidades de hemodiálise de adotar, na sua prática, a aplicação de instrumentos que visem facilitar e possibilitar um maior controle e monitoramento da vacinação contra hepatite B e dos títulos de anti-HBs. |