Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Pedro Gomes Penteado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-14092021-152603/
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Resumo: |
Introdução: Estudos prévios de neuroimagem não investigaram de forma abrangente a superfície cortical em indivíduos com esquizofrenia avaliando espessura, área e girificação separadamente entre sujeitos com Primeiro Episódio de Psicose (PEP) e com Esquizofrenia Crônica (EC). Métodos: Investigamos anormalidades da superfície cortical em 137 pacientes com PEP e 240 indivíduos com EC em comparação com 297 Controles Saudáveis (CS), obtidos de seis coortes. Mapas de espessura cortical, área e girificação foram gerados pelo processamento de imagens de ressonância magnética ponderada em T1 utilizando o programa FreeSurfer 5.3, e submetidos a um protocolo de controle de qualidade previamente validado. Além disso, exploramos a contribuição relativa das características sociodemográficas e clínicas para as variações nos índices de superfície cortical em indivíduos com PEP e EC. Resultados: Os sujeitos PEP apresentaram grandes clusters bilaterais de área e de girificação aumentadas em relação aos CS nos córtices pré-frontal e insular (d de Cohen: 0,049 a 0,28). Estas anormalidades se associaram significativamente ao início precoce de doença e ao sexo masculino. Por outro lado, os indivíduos com EC apresentaram espessura cortical reduzida em relação a sujeitos CS em pequenos focos frontotemporais bilateralmente (d: -0,73 a -0,35). Ao menos parcialmente, estas anormalidades se associaram à resistência ao tratamento e ao uso de antipsicóticos de primeira geração (APG). Conclusão: Avaliações separadas de PEP e EC revelaram anormalidades que diferem quanto a distribuição cerebral regional, fenótipos corticais afetados e tamanho do efeito, o que demonstra a necessidade de se decompor a superfície cortical em seus diferentes fenótipos em estudos avaliando estágios distintos da esquizofrenia. Entre sujeitos com PEP, associações de maior área cortical e girificação com idade precoce de início de doença sugerem uma origem em anormalidades do neurodesenvolvimento, enquanto as reduções de espessura entre sujeitos com EC são, ao menos parcialmente, explicadas pela refratariedade ao tratamento e ingestão de APG. |